O saxofonista tenor, Noah Preminger,
encontrou o trompetista Steve Lampert durante um trabalho em 2010 no West Village em Nova York e, conforme a
amizade deles se aprofundou, cresceu a admiração de Preminger para o talento
composicional do antigo músico. Poucos anos depois, ele pediu a Lampert para
compor uma peça para uma banda. Preminger, agora, lançou a gravação desta
composição—“Zigsaw: Music Of Steve Lampert”—em seu próprio selo.
As peças, majoritariamente improvisadas,
duram quase 50 minutos e são como uma faixa simples, que pareceria um
comprometimento bastante direto. Porém, além da rajada da abertura—um acorde
decrescente— não há nada direto nesta composição. Nas notas para o disco,
Lampert escreveu que ele imaginou a peça como um sonho ziguezagueante que
circula em si umas 12 vezes. Cada ciclo comprime improvisação de uma sessão com
melodia com 24 compassos abaixo de um solista; uma sessão improvisada
abertamente; uma progressiva reiteração de dois de 24 compassos e uma sessão “fantasia”,
repleto de eletrônica gutural e preenchido, às vezes, com absoluta
despreocupação musical. Como um sonho, embora faça senso em um nível intuitivo.
O hepteto de Preminger, que conta com Rob
Schwimmer no clavinete e continua no teclado (a fonte de misteriosa eletrônica),
executa o desafio da construção composicional de Lampert. Nas mãos de um grupo
menos exigente, o trabalho, facilmente, poderia ter rcaído em surreal mina de
barulho, sem qualquer intencionalidade. Porém, o compromisso dos
instrumentistas para requintar muitas das mudanças de ventos desta peça é que a
faz excitante—e surpreendentemente alegre—para seguir.
Faixa: Zigsaw. (48:49)
Músicos: Noah Preminger, saxofone tenor;
Jason Palmer, trompete; John O’Gallagher, saxofone alto; Kris Davis, piano; Rob
Schwimmer, haken continuum, clavinete;
Kim Cass, baixo; Rudy Royston, bateria.
Fonte:
Suzanne Lorge (DownBeat)
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