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quinta-feira, 17 de junho de 2021

AUDREY OCHOA – FRANKENHORN (Chronograph)

Há um campo distintamente estético para o trabalho da trombonista Audrey Ochoa. Porém, é um pouco difícil contar a proporção de ironia e sinceridade, quando suas melodias alçam recursos visuais de companheiros como Herb Alpert.

Um par de faixas em Frankenhorn correm através de um espremedor eletrônico por parte de Battery Poacher, mas, sem tomar os riscos de um Colin Stetson ou Robert Glasper, assumem com a tecnologia as músicas, majoritariamente, apenas para soar como os instrumentais de Flaming Lips de cerca de 20 anos atrás. Em outra parte, os sons são mesmo menos ousados, aproximando-se da tendência atual do jazz-pop. Poucas faixas, aqui, encontram Ochoa realizando uma incursão no trabalho com cordas, enquanto os arranjos são um pouco melosos. Há, também, matizes alegres, quase latinos, em faixas como “Bunganga”, que ainda parecem exagerados, ainda que leve e ativo.

A líder tem um caminho seguro com a melodia, e seu toque é robusto e brilhante. Se sua banda assume poucos riscos, ela o faz no interesse de dar à sua pretendida audiência um tempo agradável. E com este objetivo em mente, Frankenhorn está perfeitamente aproveitável. Nem todas as coisas necessitam estar na vanguarda, claro, mas a música de Ochoa a beneficiará e a seus compatriotas, impulsionando-os para um local mais à frente.

Faixas: Swamp Castles; Benchwarming; Silver Linings; The Huggy Dance; Bunganga; Groundhog Day; Postcards; My Reward. (38:57)

Músicos: Audrey Ochoa, trombone; Chris Andrew, piano, teclados; Sandro Dominelli, bateria (1, 3); Mike Lent, baixo (1, 3, 8); Luis Tovar (2, 5), Raul Tabera (2), percussão (2); Rubim De Toledo, baixo (5); Kate Svrcek, violino; Shannon Johnson, violino; Ian Woodman, cello; Battery Poacher, produção (4, 6).

Fonte: Dustin Krcatovich (DownBeat)

 

 

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