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sexta-feira, 18 de junho de 2021

LOUIS SCLAVIS - CHARACTERS ON A WALL (ECM)

O clarinetista francês, Louis Sclavis, compôs um pouco de música inspirada pela arte visual, incluindo trilhas sonoras para o cinema moderno e cinema mudo e um lançamento da ECM em 2003”, “Napoli’s Walls”, que narra sua resposta aos afrescos das ruas em Nápoles, criado pelo artista francês, Ernest Pignon-Ernest. Com “Characters on a Wall”, Sclavis estende e altera sua dança musical com a arte pública de Pignon-Ernest. Onde os muros de Nápoles confinam o foco a Nápoles e apresentam vozes, metais e eletrônica, “Characters on a Wall” reage ao trabalho de Pignon-Ernest em diferentes países via uma formação clássica de quarteto, mais abertamente, na modalidade de jazz de câmara. Sclavis reinvidica uma conexão intimista com Pignon-Ernest, falando sobre a inspiração conceitual da arte do seu compatriota, cristaliza-a rápida e vividamente “ como uma foto em um banho para revelação”.

Os resultados podem ser manifestos, como na melancólica qualidade de “L’heure Pasolini”, que combina com a melancolia do poeta italiano Pignon-Ernest e do cineasta Pasolini transportando seu próprio corpo. Eles podem ser primorosamente matizados, como na melancolia minimalista intercambiada entre o pianista Benjamin Moussay e Sclavis na balada “La dame de Martingues”, o exemplo mais comovente do declarado objetivo do clarinetista de ir além da imaginação estática para “revelar sua animada força interna”.

Às vezes, as conexões têm lógica de curto-circuito: A intensidade recolhida via uma renúncia, consequentemente, contribui para algo mais ágil no programa musical, curiosamente intitulada “Prison”. Surpresas como estas são afortunadas, claro. Quem quer interpretações literais de uma arte pública em uma banda de jazz? O que conta é a forma como o quarteto apresenta a música em uma música formal e de câmara em “Extases” e um par de muitos fragmentos de diferentes grupos improvisadores (“Esquisse 1” e “Esquisse 2”), com habilidade. A baixista Sarah Murcia é uma estilista cativante como mantenedora do tempo e solista na forma como usa a densa batida em sua entonação. Sclavis atua com virtuosismo e reserva, palavras que, também, descrevem o trabalho imaginativo da percussão por parte de Christophe Lavergne para elevar a canção de encerramento, “Darwhich dans la ville”. Pignon-Ernest providencia a centelha, mas é a banda que mantém a chama.

Faixas

1 L'Heure Pasolini (Louis Sclavis) 9:43

2 Shadows And Lines (Benjamin Moussay) 7:24

3 La Dame de Martigues (Louis Sclavis) 6:21

4 Extases (Louis Sclavis) 3:57

5 Esquisse 1 ( Moussay, Lavergne, Sclavis, Murcia) 2:04

6 Prison (Louis Sclavis) 5:07

7 Esquisse 2 (Moussay, Lavergne, Sclavis, Murcia) 2:06

8 Darwich Dans La Ville (Louis Sclavis) 7:10

 Músicos: Louis Sclavis (Clarinete, Clarinete Baixo); Sarah Murcia (Baixo); Christophe Lavergne (Bateria); Benjamin Moussay (Piano)

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=ViGx8e9Fjcc   

Fonte: BRITT ROBSON (JazzTimes)

 

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