“Live in Graz” é uma estonteante exibição de uma performance
de uma banda, com arranjos muito bem elaborados, que você jurará que eles
apresentam um instrumentista extra ou dois palcos. Há um adorável senso de uma
orquestra na configuração de Fiedler para “Devil Woman” de Charles Mingus e o
caos controlado, que arrasta as curvas de
“Su Blah Blah Buh Sibi” , maravilhosamente, a evocar o espírito do seu
compositor, o notável, já falecido, Roswell Rudd.
Porém, é o toque individual que sela o acordo. Cada um dos
três trombonistas apresenta comovente abrangência com velocidade e agilidade de
fazer o queixo cair, mas não há espetáculo aqui. Seus virtuosismos são ofertados
em exploração de ideias musicais, não de egos. O solo mais longo de Bonilla em
“I’m In” é um perfeito exemplo, usando uma completa variação do instrumento,
mas tão firmemente construído e tematicamente coerente, que você quase não
observa quantas oitavas ele cobre. A tomada na introdução mutante de Keberle
para “Devil Woman”, que usa surdina e multifônicos (cantando uma nota enquanto
tocando outra) para transformar sua entonação mais efetivamente do que a eletrônica
jamais poderia. Talvez, a performance mais doce do álbum é a interpretação de “Yankee
No-How” de Rudd, na qual todos os três trombonistas invocam a interseção do
blues visceral e a audácia avant-garde, que definiu a carreira de Rudd.
Faixas
1 Peekskill
(Joe Fiedler) 7:10
2 Devil
Woman (Charles Mingus) 7:49
3 I'm In
(Joe Fiedler) 7:01
4 Bethesda
Fountain (Roswell Rudd) 6:48
5 Ways (Joe
Fiedler) 4:41
6 Yankee
No-How (Roswell Rudd) 6:44
7 Chicken
(Joe Fiedler) 6:36
8 Su
Blah Blah Buh Sibi (Roswell Rudd) 9:01
9 Tonal
Proportions (Joe Fiedler) 4:20
Fonte: J.D. CONSIDINE (JazzTimes)
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