Músicos que tocam juntos por um longo
tempo desenvolvem uma linguagem privada, e o prazer que eles compartilham em
dialeto é palpável. Assim ocorre com o violinista Zach Brock, o baixista Matt
Ulery e o baterista Jon Deitemyer.
Ainda que “Wonderment” seja o primeiro álbum
completamente inspirado pelo trio baseado em Chicago, o grupo primeiro começou
tocando junto, informalmente, em 2005. Após atuar em jornadas musicais
separadas por aproximadamente uma década, eles selaram o acordo em 2014 com uma
faixa coletiva gravada para “In The Ivory” de Ulery e, finalmente, comprometido
a vir a ser banda autêntica que produziu “Wonderment”.
Da faixa de abertura, uma composição divertida
de Brock que varia das ladeiras do Appalachia aos clubes cheios de fumaça, fica
claro que estes três artistas consumados desfrutam a companhia um do outro ao
longo do trabalho. “Nightshade”, uma composição de Ulery, exibe a dinâmica dedilhada
que o baixista e violinista aperfeiçoaram, e, posteriormente, incrementa
através de um coro no estilo indie rock.
“Cry Face”, outra composição de Brock. é
pontuada por começos e paradas abruptas, soando as linhas crescentes
freneticamente ao violino. Porém, não é tudo alegria e brincadeira. Brock,
Ulery e Deitemyer são completamente sérios sobre seus toques, e explora
profundo em faixas como “Yge Bieve”, que passeia em um baixo galopante que
transporta os ouvintes para um territótio cigano. Melancólico, às vezes, soa
quase como uma elegia, então escala através de um crescendo, antes resolvendo
com um simples arranque.
Tomado como um todo, “Wonderment” profetiza
um início auspicioso para um coletivo, que está tocando junto por anos, mas
apenas recentemente começou a explorar completamente suas habilidades.
Faixas:
Wonderment; Mobile; Levelled; Cheyenne; Nightshade; Wokey Dokey; Cry Face;
Cavendish; Pumpkin Patch; Yge Bieve; Above And Beyond; Happy Place. (64:24)
Músicos: Zach
Brock, violino; Matt Ulery, baixo; Jon Deitemyer, bateria.
Fonte: Cree
McCree (DownBeat)
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