Kühn, um pioneiro da geração original do free-jazz (ironicamente
na Alemanha Oriental), atuou em 16 concertos com Coleman entre 1995 e 2000, com
o saxofonista esboçando 10 peças originais por show, tocando-as uma vez mais e
movimentando-se para frente. Kühn tornou-se seu Boswell, arquivando 170 destas peças,
11 das quais fazem sua estreia aqui.
Kühn suaviza o nervosismo interior de Coleman como uma pelúcia,
mas sondando o seu lirismo, amortecendo o que fez uma vez ser parecido como confrontante
com uma organização, quase uma sensibilidade analítica. A única canção
familiar, “Lonely Woman”, assume novas identidades em cada uma das duas performances.
Como para as 11 peças renovadas, elas não são desafiantes luvas
musicais arremessadas contra nós, mas tentivas benvindas para nos aquecer. “Lost
Thoughts” é um destaque, cujo apelo é tão imediato por palavras apropriadas e que
sejam finas, mesmo na canção popular. Kühn modelou a música em um tranquilo
modo introspectivo sem vir a ser melancólico. Não há voos suingantes e
agitados. Não há redemoinhos tempestuosos de livre turbulência e frenesi. A
entonação é reflexiva, contínua e consistente do início ao fim. Recompensa
simultaneamente com música da meia-noite e um recital solo reflexivo, conforme você
deseja.
Faixas:
Piano Works XIII: Lonely Woman; Lost Thoughts; Immoriscible Most Capable Of
Being; Songworld; Physical Chemistry; Tears That Cry; Aggregate And Bound
Together; Hidden Knowledge; Love Is Not Generous, Sex Belongs To Woman; She And
He Is Who Fenn Love; Somewhere; Food Stamps On The Moon; Lonely Woman (Ballad);
The End Of The World. (54:54)
Personnel:
Joachim Kühn, piano.
Fonte: John
McDonough (DownBeat)
Nenhum comentário:
Postar um comentário