O pianista Marc Copland tem um estranho
caminho que habita uma canção, trabalhando sua forma de dentro para fora,
enquanto explora as possibilidades de novas harmonias ao longo do caminho. Com
o baixista Drew Gress e o baterista Joey Baron, ele alcança espírito semelhante
para uni-los em sua pesquisa. Com suas sensibilidades incomuns, a abordagem conversacional
está impregnada na tradição do clássico trio de Bill Evans, embora o coletivo
de Copland (que previamente serviu como seção rítmica para os dois últimos
álbuns de John Abercrombie) impulsione o
pacote ainda mais.
A tomada etérea em “Afro Blue” deve ser a
mais surpreendentemente impressionista do trabalho. Iniciando com um diálogo
livre entre Baron e Gress, apenas começa para insinuar a melodia familiar na
marca dos dois minutos, brevemente após Copland entar em cena. O fervilhante
sentimento 6/8 de Baron estabelece uma suavizada e suingante entonação conforme
a inclinação de Copland para reharmonizações que fazem efeito. Esta abordagem
do momento, orgânica, também informa versões de “Cantaloupe Island”, tão bem
quanto “And I Love Her”, ambas impregnadas de reharmonização misteriosa. Baron manda
um balanço, bebendo da forma livre de “Mitzi & Jonny”, então exibe seu
trabalho nas escovinhas na interpretação harmonicamente ajustada de “You Do
Something To Me” de Cole Porter para encerrar o álbum com muita classe, em moda
levemente subversiva.
Faixas: Afro
Blue; Cantaloupe Island; Figment; Might Have Been; Love Letter; Day And Night;
And I Love Her; Mitzi & Jonny; You Do Something To Me. (65:50).
Músicos: Marc Copland, piano; Drew Gress,
baixo; Joey Baron, bateria.
Para conhecer um pouco deste trabalho,
assistam ao vídeo abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=ID1P62SwStU
Fonte: Bill
Milkowski (DownBeat)
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