Pierrick Pédron não é bem conhecido fora da França, mas sua
credencial está firme, neste país, na cena jazzística. O título aqui se refere
ao seu 50º
aniversário e também o fato que “New York Sessions” é o primeiro (acústico) capítulo
de duas partes de um projeto. Pédron aparece com uma seção rítmica
estadunidense de alta qualificação: o pianista Sullivan Fortner, o baixista
Larry Grenadier e o baterista Marcus Gilmore. Um segundo lançamento, subintitulado
“Paris Sessions”, está planejado para o outono deste ano. Será eletrizante, com
um acompanhante francês.
Dos primeiros compassos da faixa de abertura, “Bullet T”, é
aparente que Pédron é a oferta real no saxofone alto. Seus reflexos velozes o coloca
em companhia de rápidos instrumentistas como Phil Woods e Jackie McLean. Às
vezes, como em “Be Ready”, seus intervalos e suas melodiosas efusões o faz lembrar
Cannonball Adderley. Porém, sua entonação é mais vigorosa. Pédron fala um bop moderno
com seu próprio acento europeu, rico em microtons. Ele não é previsível. Ele gira
notas, quando você pensava que ele estava estável. Inclusive a completa
inclinação é realizar firmes rotações dentro de ideias, que você nunca viu
estar chegando.
Há seis faixas calorosas e três baladas fascinantes. O
romantismo enlevado das baladas, como “Sakura”, é continuamente enfraquecido
pelos repentinos floreios feéricos de Pédron.
A banda nunca tocou junta antes, e muito do charme de “Fifty-Fifty”
é seu senso de impulso do momento. Fortner é um parceiro estimulante. Seu magnífico fluxo lírico
contrasta com Pédron, mas quando ele transborda as margens das canções e decompõe
as formas, ele complementa as tendências de Pédron.
Faixas
1 Bullet
2 Be
Ready
3 Sakura
4 Boom
5 Trevise
6
Unknown 2
7
Origami
8 Mr
Tagaki
9 Mizue
Músicos : Pierrick Pedron : saxofone alto : Sullivan Fortner: piano ; Larry Granadier : baixo: Marcus Gilmore : bateria
Fonte : THOMAS CONRAD (JazzTimes)
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