Era óbvia esta terceira peça. A harmonia no palco entre Wayne
Horvitz e Sara Schoenbeck em Janeiro no Winter
Jazzfest sussurrada pela audiência e liderada pelos olhos à frente. Não era
porque o dueto piano/fagote seja mais tranquilo que a música precedente, mais
como as reflexões agridoces, que eles ensaiaram, tinham uma distinta autoridade
poética. Esta misteriosa, ainda que charmosa entonação, define o disco de estreia
deles também, uma excursão bem planejada, que chega com o sentimento casual de
um passeio improvisado.
Um ar de mistério tem distinguido a paleta de Horvitz a
partir dos anos 80, e durante as últimas 4 décadas, o compositor de 64 anos tem
alimentado bastante o matiz, perspicazmente, no clássico, jazz e situações de prog-funks. No papel, este novo duo é um
subconjunto do seu Gravitas Quartet, um
grupo de metal/cordas/palhetas com uma inclinação para realizar modestas
manobras parecerem de pelúcia. Schoenbeck é chave para este inspirado quarteto,
mas aqui sua harmonia com o pianista ressoa mais profunda.
Muito do encanto da gravação é devido à expressão abrandada.
As músicas de câmara de Horvitz, frequentemente, têm um modo de autodeclaração
como um murmúrio. A frase central de “American Bandstand” sente-se como
flutuando através do ar para sempre. “Ironbound” é gótica e espectral, com um
drama clandestino como seu âmago. O par de músicas de Schoenbeck é comparativamente abstrato. Eu
tive de verificar se “Marcuselle” era um dos cinco trabalhos completamente
improvisados do programa. Seis performances usam a eletrônica de forma
minimalista para opções texturais, aprimorando a
estrutura da música. Porém, a real atração de “Cell Walk” é a forma como estes
elementos díspares estão alinhados. A fagotista rosna um pouco. Seu parceiro
frequentemente conta com o silêncio. “Tin Palace” e “For Lou Harrison” movem-se rapidamente. “Sleeper Ship” e
“Sutter St.” exsuda calma. A maioria das 17 faixas dura menos de quatro minutos.
Conforme eles revelam seu relacionamento entre si, cada miniatura evocativa
lembra que um esboço pode ter um impacto emocional de uma sinfonia.
Faixas: Undecided;
Twining; No Blood Relation; Long Wing; 3 Places in Southern California; The
Fifth Day; Deep Well Well; Tin Palace; Cell Walk; Sutter St.; Laughter; For Lou
Harrison; Sleeper Ship; Ironbound; Marcuselle; We Will Be Silk; American
Bandstand.
Músicos: Sara Schoenbeck: fagote; Wayne Horvitz: teclados.
Fonte: JIM
MACNIE (JazzTimes)
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