O veterano guitarrista Dave Stryker tem prosperado
extensamente com grupos de órgão, e, em seu último lançamento, ele expande seu
trio com a adição do versátil saxofonista tenor, Walter Smith III, um instrumentista
que serve como um excelente parceiro de linha de frente, enquanto, também,
sistematicamente, é incisivo contra a textura do tradicional formato do som. Sua
presença injeta uma tensão sutil nos procedimentos diretos. O solo cortante de Smith
na abertura da inédita do líder, “Tough”, por exemplo, oferece uma aula magna na
improvisação do tema, conforme ele impulsiona para além de uma série de
lambidelas soluçantes de cada ângulo possível, posicionando-se em contraste aos
solos, que circundam o líder e o organista Jared Gold. Stryker não é um
inovador, mas um estudante devotado da História da Música, otimizando,
explorando e floreando o centro de uma convenção post-bop.
“Dreamsong” é uma balada sensual que parece acumular
reviravoltas das batidas, desencadeando um impressionante lançamento, que chega
com cada solo. O sentimento úmido na leitura do grupo para o sucesso dos Carpenters, “Superstar”, tem sentimento
malicioso, com uma espécie de profunda testa franzida, que é mais profunda que
terna. O grupo se sai melhor na interpretação funkeada de “Inner City Blues” de
Marvin Gaye e mistura-se no ebuliente abraço de “Trouble (No. 2) ”.
Faixas:
Baker’s Circle: Tough; El Camino; Dreamsong; Everything I Love; Rush Hour;
Superstar; Baker’s Circle; Inner City Blues; Love Dance; Trouble (No. 2).
(57:20)
Músicos:
Dave Stryker, guitarra; Walter Smith III, saxofone tenor; Jared Gold, órgão;
McClenty Hunter, bateria; Mayra Casales, percussão (2, 7, 8).
Fonte:
Peter Margasak (DownBeat)
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