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domingo, 12 de dezembro de 2021

JOHN FEDCHOCK NY SEXTET – INTO THE SHADOWS (Summit Records)

Se um sexteto—ou um grupo de qualquer tamanho— é para ser medido pela soma de suas partes, o NY Sextet do trombonista John Fedchock prospera com voo de cores, assim como incorpora meia dúzia dos mais finos músicos de jazz que Nova York tem a oferecer. Como nós sabemos, de qualquer modo, uma inclusiva avaliação repousa mais distante do que isto, ainda mais que os músicos poderiam simplesmente colocar seus instrumentos no palco e esperar os aplausos.

Sim, talento musical, seguramente, providencia uma vantagem, mas acima de tudo os músicos devem abraçar a música que é atraente e merecedora de audição. Fedchock assegura que atingiu este platô. Como um compositor/arranjador ele não tem nada a provar, tendo apresentado sua criatividade com o celebrado Woody Herman Herd em 1980 e composto para grupos grandes e pequenos desde então, incluindo seu nominado ao Grammy, New York Big Band. Cinco dos oito números em “Into the Shadows” são inéditas de Fedchock e cada uma é – acima de qualquer dúvida — sedutora e valiosa para audição.  Boas como elas são, ele viaja melhor nos standards—"I Should Care","Nature Boy", "Star Eyes"—usando seu especial poder de criatividade para emprestar-lhes incomum frescor e vitalidade. "I Should Care", usualmente interpretada como uma balada, é reformulada como um alegre tremular de bandeira, "Nature Boy" é exibida com uma balanço afro-latino e "Star Eyes", cuja adorável melodia não necessita de ajuda, é dada uma reviravolta harmônica e rítmica.

Mesmo assim, Fedchock salva o melhor para o final: a feérica "On the Edge", primeiro gravada com a New York Big Band, um suingue firme no qual todos são vigorosos e ágeis. E falando de "todos", é tempo de identificar os nomes. O trompetista Scott Wendholt e o saxofonista tenor Walt Weiskopf compartilham a linha de frente com Fedchock. A ágil e perceptiva seção rítmica consiste no pianista Allen Farnham, no baixista David Finck e no baterista Eric Halvorson, uma substituição competente do antigo baterista escolhido de Fedchock, o falecido Dave Ratajczak. A sessão inicia com outro "standard", este bem disfarçado ("Invitation" de Bronislau Kaper, renomeada "RSVP"), no qual Fedchock realiza o primeiro dos diversos saborosos solos, seguida na ordem por Farnham, Wendholt e Weiskopf e intercâmbios em quatro compassos com Halvorson. Embaralhando Fedchock, "Alpha Dog" é simplesmente charmosa com a calorosa e rítmica "Manaus", dedicada a uma cidade do Brasil, capital do Estado do Amazonas.

Após "I Should Care" e "Nature Boy", Fedchock muda o passo com "Into the Shadows", no qual seu expressivo trombone estabelece a melodia e estabelece o palco para seu próprio solo fervoroso e outros por Wendholt e Farnham. Solos são, realmente, outros aspectos impressionantes do álbum, como todos têm uma aguda e perceptiva voz e usa a boa vantagem. A estrutura, entretanto, é Fedchock e está aqui, que “Into the Shadows” cresce acima do costumeiro e prova seu valor como um álbum, cuja primazia e estabelecimento do poder são autoevidentes.

Faixa: RSVP; Alpha Dog; Manaus; I Should Care; Nature Boy; Into The Shadows; Star Eyes; On The Edge.

Músicos: John Fedchock: trombone; Walt Weiskopf: saxofone; Scott Wendholt: trompete; Allen Farnham: piano; David Finck: baixo; Eric Halvorson: bateria.

Fonte: Jack Bowers (AllAboutJazz)

 

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