Este intrigante álbum inicia com “Clara”, uma peça curta
para piano e trompete, que estabelece um humor reflexivo. A segunda faixa,
“Parlance”, inicia com um tema entrelaçado —tocado no Rhodes, baixo e bateria—que
preserva a qualidade reflexiva da faixa de abertura, mas tece um contraponto. O
líder Frank Woeste trabalha efetivamente com ferramentas minimalistas ao longo
desta peça, alternando interlúdios em um teclado desacompanhado e seções solo, o
tema bombeando em ostinato abaixo de um solo de trombone. Um coro, cantando em vocalese, banha a performance em um
toque surdinado de sombra e luz.
Estes dois trabalhos projetam o que segue. Às vezes, a
interação das partes contorna o que está muito ocupado, assim isto contrasta
com contribuições do coro, que são menos nuançadas, mais dramáticas. Em
“Mirage”, esta impressão intensifica com uma batida fechada de Stéphane
Galland, sua abertura no chibal entre cada batida, sugerindo um balanço disco
anacrônico. Em outras partes, Woeste permite que o profundo e reverberante tratamento
do seu Rhodes empurre-o através do smooth
jazz. Porém, tudo pode ser partido em dois elementos: a destreza em ajustar
partes complementares de ritmos e uma sensibilidade para a textura. “Pocket
Rhapsody II” puxa a beleza da sombra para todos ouvi-la.
Faixas:
Clara; Parlance; Mirage; Wintersong; Bold; Tryptique I; Tryptique II; Tryptique
III; Noire Et Blanche; Clair Obscur; Pocket Rhapsody. (47:06)
Músicos:
Frank Woeste, teclados; Eric Vloeimans, trompete; Robinson Khoury, trombone;
Julien Herné, baixo; Stéphane Galland, bateria; Oscar Woeste (8), Children’s
Choir Maîtrise des Hauts-de-Seine, vocal.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=_l1BehEwD3U
Nota : Este álbum foi considerado, pela DownBeat, um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.
Fonte: Bob
Doerschuk (DownBeat)
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