Ao longo do ano passado, o saxofonista Tobias Meinhart dispendeu
tempo significante discutindo a natureza análoga de música e arte visual com o
pintor Igor Sokol. Ele ficou fascinado com similaridades e paralelos, em parte porque
ele experimenta algo semelhante a chromesthesia
(NT: A capacidade de enxergar cores nos sons que ouve), quando toca saxofone. Através
das suas conversações com Sokol, ele encontrou mais razões para enlaçar estes
dois mundos—como ele faz no trabalho adequadamente intitulado.
Liderando uma banda de primeira linha com o pianista Eden
Ladin, o baixista Matt Penman e o baterista Obed Calvaire, adicionando a
trompetista Ingrid Jensen e os guitarristas Charles Altura como convidados
especiais, Meinhart utiliza cada oportunidade para cobrir uma tela. A conectada
“White Bear”, apresentando Altura, coloca uma melodia insistente e superior
solando sobre uma agitada fundação bem calibrada em “Oak Tree”, que se ergue, remoendo,
enquanto revelando dosagens tranqüilas e linhas próximas de Meinhart e Jensen. “Movement”
inspirada nos protestos do Black Lives
Matter , promove sentimentos de esperança através de movimento circular e
tempo de condução. A faixa título, introduziu a rica harmonia de Penman, oferta
pairando em sensações multifônicas e em turbilhão.
Iniciando a segunda metade do álbum pela adoção da chamada
do chickadee (NT: pássaro conhecido
com chapim), Meinhart inicia na flauta e passa para o saxofone tenor, enquanto toca
contra e com Jensen na eletrificada “Bird Song”. Então, ele se move graciosamente
através de “Estate” de Bruno Martino, traçando as belas curvas da bonita composição,
excitando com adornos eletrificados; valseia através de “Neowise”; explora
profundo em “The Last Dance”, que encontra fundamento em domínios espirituais e
usa sua voz (e saxofone soprano) para cantar uma canção otimista em “Dreamers”.
Encontrando o próprio esquema de cor(es) para capturar cada estória no som,
Meinhart ilustra uma convergência visual-aural e a envolve com marcante clareza
e criatividade.
Faixas:
White Bear; Oak Tree; Movement; The Painter (intro); The Painter; Bird Song;
Estate; Neowise; The Last Dance; Dreamers. (61:56)
Músicos: Tobias Meinhart, saxofones tenor e soprano, flauta,
voz; Ingrid Jensen, trompete; Charles Altura, guitarra; Eden Ladin, piano,
Rhodes, ARP string ensemble; Matt
Penman, baixo; Obed Calvaire, bateria.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=O1z_fC_UOds
Nota: Este álbum foi considerado pela DownBeat como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas
Fonte: DAN
BILAWSKY (JazzTimes)
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