“Griots” de Gerald Cleave confirma apenas quão distante, músicos
criativos foram desde que apareceu a bateria eletrônica, estações de trabalho
de música e software modular de sintetizadores. Um baterista profissional,
Cleaver, pode ser ouvido em inumeráveis grupos, incluindo os de Ivo Perelman,
Chris Lightcap, Steve Swell e Tomasz Stanko, para nomear alguns. Sua destreza
floresceu além do banco de baterista, liderando suas próprias bandas e um recente
mergulho na eletrônica. Ele, anteriormente, lançou “Signs (577 Records, 2020) ”,
todo eletrificado, que foi remixado em “Signs Remixed (Positive Elevation,
2021)” pelo produtor hip hop , Hprizm , da banda Anti-Pop Consortium.
Nós podemos notar a evolução de Cleaver e da eletrônica, comparando
a incursão do seu colega baterista, Jack DeJohnette, nos sintetizadores, em 1989,
no seu lançamento “Zebra (MCA Records) ”. Onde “Zebra” soa como empolado e
arcaico como o vídeo game Pong, “Griots”
entrega uma mente combinada de um homem e máquina. Cleaver manipula sua
eletrônica como contrária à manipulação dele por ela. A música dá a impressão
que é uma extensão do trabalho de Cleaver em “Farmers By Nature” com Craig
Taborn e William Parker. Embora, este trio seja uma franquia livremente
improvisada e “Griots” seja um experimento de um homem estratificando o som, há
dinamismo e espontaneidade inesperada nesta música. Onde ocorre que mais música
eletrônica não disponha de vitalidade, esta, a exuda. Vamos chamar de resposta
de Cleaver à pandemia da Covid-19. O múltiplo percussivo ataque de "Cooper-Moore"
é contrastado pela espacial amplitude de "Bond". Cleaver programou esta música para fluir sem impedimentos.
As falhas dos sons de "Tribe" emparelha com os sinos e carrilhões
pulsantes de "Remembrances (for Mom)". Joe Zawinul estaria ciumento
das descobertas que Cleaver faz na marchante "Victor Lewis" e também na
brilhante "Geri Allen". Embora, "Galaxy Faruq (for Faruq Z.
Bey)" invoque a música de Kraftwerk, Cleaver está fazendo música, como, ao
contrário, capturando algoritmos na fita. Embora este solo seja um passeio, as duas
colaborações com amostras de David Virelles e Ambrose Akinmusire sobressaem-se
como destaques e talvez, por isto, os ouvintes considerem Gerald Cleaver um
animal social no mais alto grau.
Faixas : Cooper-Moore;
Bond; Virelles (apresentando David Virelles); Remembrances (para Mom); Tribe;
Victor Lewis; Geri Allen; Galaxy Faruq (para Faruq Z. Bey); William Parker;
Akinmusire (apresentando Ambrose Akinmusire); Buena Vista.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=aFjTO6qHchQ
Fonte: Mark
Corroto (AllAboutJazz)
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