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segunda-feira, 18 de abril de 2022

JD ALLEN - QUEEN CITY (Savant)

JD Allen passou a carreira aprimorando a expressão artística sem floreados, refinando um catálogo que enfatiza composições, relativamente, concisas e tematicamente coerentes. Assim, faz sentido que, após estar inicialmente desconcertado e esvaziado, induzido pelo isolamento pandêmico, ele revolveu a criação de “Queen City”, seu primeiro álbum solo de saxofone tenor.

Nas notas para o disco, Allen escreve que este objetivo foi concentrar sua vida na esperança para o futuro. Após a audiência das gravações dos solos de sax para ajudá-lo no desenho do seu curso, ele compôs nove músicas, cada uma com menos de quatro minutos, e enquadrando-as com quatro músicas da era da Depressão, que vieram a ser standards. Embora, cada uma destas 13 faixas possa ficar por conta própria, elas significam assemelhar-se a um mural, com vinhetas pertencendo a um quadro maior.

Como sempre, Allen é carismático, ressonante e decidido. Ele vem por um lado com “Three Little Words” e com baixa entonação como Sonny Rollins, imersa em divertida descoberta, desacelerando e apressando o tempo ou iniciando, retrocedendo, então, triunfantemente, declarando uma corrente de frases interpoladas. Ele está mais fiel à melodia em “Wildwood Flower” de Carter Family, suavizando seu lirismo com elegância.

As nove composições estão mais agitadas e concisas, repletas de frases que impactam e escorregam, então pausa, como em “Gem and Eye”, ou oscilações contrastantes e vibrações com notas alongadas, que repicam para cima e para baixo (“Mother”) ou abruptamente espatifa (“Maude”). “Queen City” é denominado após Cincinnati, onde o álbum foi gravado, e os títulos das músicas apresentam um estonteante refrão e um espírito aberto, que faz o álbum sentir-se mais adequado para uma peça a ser interpretada por um grupo maior. Um segundo refrão âncora , memorável. “O.T.R.”, que deve se referir à historicamente rica vizinhança de Over-the-Rhine (NT: Sobre o Reno) de Cincinnati.

O par de standards no encerramento parece escolhido pelas letras, que, evidentemente, nunca foram cantadas. Allen, apenas, se debruça em “Eu não tenho ninguém”, o lamento de “Just a Gigolo- NT: Apenas um gigolô”, e espera até o fim para recorrer à melodia de “These Foolish Things”, que ajuda mentalmente a completar sua marca na letra, “remind me of you – NT: Lembre-me de você”. Não importa. Fé na expressão criativa é o tema permanente em “Queen City”, e o solo mural de Allen está prontamente aparente.

Faixas

1 Three Little Words 2:56            

2 Wildwood Flower 4:39              

3 Maude 2:04   

4 O.T.R. 2:58     

5 Retrograde 2:41           

6 Gem and Eye 2:43       

7 Mother 2:01  

8 Queen City 3:51           

9 Vernetta 2:29

10 Kristian with a K 3:56              

11 Nyla's Sky 2:47           

12 Just a Gigolo 3:18      

13 These Foolish Things 3:40     

14 Digital Booklet: Queen City                  

Fonte: BRITT ROBSON (JazzTimes)

 

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