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quarta-feira, 4 de maio de 2022

FRANCISCO MELA FEAT. MATTHEW SHIPP AND WILLIAM PARKER – MUSIC FREES OUR SOULS VOL. 1 (577 Records)

Francisco Mela é um baterista cubano, que já gravou com os pianistas Aruán Ortiz, Kenny Barron e Leo Genovese e com os saxofonistas Joe Lovano e Melissa Aldana, dentre outros. Álbuns que ele lançou sob seu próprio nome teve Jason Moran, Mark Turner, Lionel Loueke e Esperanza Spalding. Sua abordagem rítmica é altamente ousada, mas profundamente suingante, incorporando ideias através da diáspora latina, enquanto homenageia o bebop e fusion. Ele frequentemente apresenta um extraordinário toque suave, como se ele preferisse providenciar suave encorajamento aos outros músicos, do que bombardeá-los com a submissão.

Este é o segundo lançamento de Mela para o selo 577 em 2021, seguindo “MPT Trio Vol. 1”, com o saxofonista Hery Paz e o guitarrista Juanma Trujillo. Graças, majoritariamente, à guitarra abrasadora, este disco tem uma espécie sentimento “rock livre”, com melodias irregulares dando o caminho para improvisações expansivas e ocasionais explosões da bateria trovejante. “Music Frees Our Souls Vol. 1”, por outro lado (e nós todos deveríamos esperar por volumes subsequentes destas bandas), é um encontro de trio de piano de free-jazz com uma surpreendente suavidade em seu coração. À primeira vista, deve relembrar a alguns ouvintes o álbum do pianista Matthew Shipp, “Prism” de 1996, com o baixista William Parker e o baterista Whit Dickey. Como naquele lançamento, o ritmo deslizante permite os estrondos de Shipp, o piano ressonante para ancorar a música, com o baixo de Parker como uma voz Zen moderadora. Porém, a introdução solo de Mela para “Infinite Consciousness” manifesta poder explosivo, e conforme a faixa se desenvolve, ele despeja bomba após bomba.

Faixas: Light Of Mind; Dark Light; Infinite Consciousness. (41:24)

Músicos: Francisco Mela, bateria; Matthew Shipp, piano; William Parker, baixo.

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 ½ estrelas.

Fonte:  Philip Freeman (DownBeat)  

 

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