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sexta-feira, 10 de junho de 2022

KEVIN HAYS / BEN STREET / BILLY HART – ALL THINGS ARE (Smoke Sessions)

Você pode relatar o calor do trio através de um riso transbordante. Não em todos os casos, admitidamente, mas para esta sessão, as exortações e risadas, captada pelo microfone, impulsionadas pelo baterista Billy Hart, pelo baixista Ben Street e o pianista Kevin Hays—com um suave empurrão aqui, um impulso mais forte lá— para maiores prazeres, em maiores complexidades, mesmo quando eles iniciam na simplicidade.

Gravado ao vivo em um palco sem audiência no Smoke Jazz Club, este encontro reúne Hays e Hart trocando mensagens entre líder e liderado. O baterista pode ser um sistema solar de um homem só através dos seus pratos e tambor seco, enquanto o piano salta em torno do espectro estéreo, um fogo, às vezes, depositado como musas de Hart, às vezes rugindo à frente e ao redor. Eu estou intrigado como Street mantém a si mesmo em um lado estéreo e inspirado na musa. Porém, um pouco mais distante do que ele sempre comenta, astuta e tranquilamente, em sabedoria.

Hays estabelece que o vírus lhe deu a oportunidade para refinar, praticando em casa, mas ele se preocupou com a perda de sua habilidade para narrar para os outros. Soa como se ele não necessitasse se preocupar. Três músicas aqui resultaram diretamente dele. Três outras brotaram como contrafatos de standards. Retrabalhando “All the Things You Are” para “All Things Are” lhe sugere um novo título: deixando as coisas para colocar quase tudo em foco, deste modo expandindo as possibilidades do já rico ciclo de um quinto da origem. Street espera pacientemente por sua mudança, a estabelece e explica todas as coisas que os outros dois deixaram de fora. Eu cresci cansado e estarrecido e mesma a cínica observação das notícias, sentimento de triturar meus ossos. Então, eu escuto isto, e nossa raça parece salvar nosso valor.

Faixas: New Day; Elegia; Unscrappulous; For Heaven’s Sake; All Things Are; Sweet Caroline; Twilight. (60:37)

Músicos: Kevin Hays, piano; Ben Street, baixo; Billy Hart, bateria.

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.

Fonte: ANDREW HAMLIN (JazzTimes)

 

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