Você pode relatar o calor do trio através de um riso
transbordante. Não em todos os casos, admitidamente, mas para esta sessão, as
exortações e risadas, captada pelo microfone, impulsionadas pelo baterista Billy
Hart, pelo baixista Ben Street e o pianista Kevin Hays—com um suave empurrão
aqui, um impulso mais forte lá— para maiores prazeres, em maiores
complexidades, mesmo quando eles iniciam na simplicidade.
Gravado ao vivo em um palco sem audiência no Smoke Jazz Club, este encontro reúne Hays
e Hart trocando mensagens entre líder e liderado. O baterista pode ser um
sistema solar de um homem só através dos seus pratos e tambor seco, enquanto o piano
salta em torno do espectro estéreo, um fogo, às vezes, depositado como musas de
Hart, às vezes rugindo à frente e ao redor. Eu estou intrigado como Street mantém
a si mesmo em um lado estéreo e inspirado na musa. Porém, um pouco mais
distante do que ele sempre comenta, astuta e tranquilamente, em sabedoria.
Hays estabelece que o vírus lhe deu a oportunidade para
refinar, praticando em casa, mas ele se preocupou com a perda de sua habilidade
para narrar para os outros. Soa como se ele não necessitasse se preocupar. Três
músicas aqui resultaram diretamente dele. Três outras brotaram como contrafatos
de standards. Retrabalhando “All the
Things You Are” para “All Things Are” lhe sugere um novo título: deixando as
coisas para colocar quase tudo em foco, deste modo expandindo as possibilidades
do já rico ciclo de um quinto da origem. Street espera pacientemente por sua
mudança, a estabelece e explica todas as coisas que os outros dois deixaram de
fora. Eu cresci cansado e estarrecido e mesma a cínica observação das notícias,
sentimento de triturar meus ossos. Então, eu escuto isto, e nossa raça parece
salvar nosso valor.
Faixas: New
Day; Elegia; Unscrappulous; For Heaven’s Sake; All Things Are; Sweet Caroline;
Twilight. (60:37)
Músicos:
Kevin Hays, piano; Ben Street, baixo; Billy Hart, bateria.
Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos
melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.
Fonte: ANDREW HAMLIN (JazzTimes)
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