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sexta-feira, 3 de junho de 2022

LENI STERN - DANCE (LSR)

A compositora, guitarrista e vocalista Leni Stern cresceu na Alemanha na vibração de Bach e Mozart. Seus álbuns iniciais, gravados no final dos anos 80 após ela ter vindo para os Estados Unidos para estudar jazz, apresentada a colegas de alto nível como Paul Motian, Bill Frisell e Larry Willis. Porém, ao longo dos 15 anos passados, ela ficou sob o balanço da música da África Ocidental, que tem influenciado seus projetos subsequentes. “Dance” apresenta sua antiga seção rítmica senegalesa formada pelo baixista elétrico Mamadou Ba e Alioune Faye na percussão (principalmente a goblet djembe drum). Para o segundo álbum de formas retas, o tecladista argentino Leo Genovese (que atua com Esperanza Spalding e Jack DeJohnette) insere-se no núcleo do quarteto.

“Dance” é um título com conotações elásticas, acenando para aquilo que Stern chama a “alegria e superação” da criação e gravação de música na pandemia de 2020. A Intensidade parece gradualmente escalar as canções e conforme estas se desenvolvem, exibida através de estimulante entrelaçamento   de giros no ato de sincopar e melodia enrolada, compromissos que efervescem em vez de apressar. Após a abertura com “Prayer”, o contextoa composicional é prazeroso: a peã de Stern para a diversidade de Nova York (“Aljouma” ou “Friday”); o elogio de Ba de um distante antepassado, que foi uma figura chave da história senegalesa (“Maba”); “Kani” de Genovese ou “Hot Pepper” e a celebração da energia das crianças (“Khale”) e pássaros (“Kono”). Não surpreendentemente, o número mais dançante é um tradicional griot (NT: é o indivíduo que na África Ocidental tem por vocação preservar e transmitir as histórias, conhecimentos, canções e mitos do seu povo) da canção da África Ocidental, intitulada “Daouda Sane”.

Por todo o rebuliço, “Dance” é uma experiência relaxante, talvez porque Stern conduz o programa com um comando tranquilo. Suas passagens em entonações peroladas são rajadas e absorvidas na essência dos ritmos. Seu vocais, solo ou em coro, nunca são excessivos. Seu uso do banjo-like n’goni ocasionalmente, em conjunto com seu antigo amigo da banda de Salif Keita, Haruna Samake, no pequeno kamele n’goni—apresenta uma genuína afinidade com as tradições da África Ocidental, sem recusar suas próprias raízes. Tudo isto para fazer “Dance” uma maravilhosa mistura musical, que não necessita exagerar na distinção.

Faixas: Ya Rakhman/Prayer; Aljouma/Friday; Maba; Kani/Hot Pepper; Khale/Children; Kono/Bird; Daouda Sane; Fonio/Grain.

Músicos: Leni Stern: guitarra elétrico; Leo Genovese: teclados; Elhadji Alioune Faye: percussão; Mamadou Ba: baixo.,

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=m4px8ppKIUs

Fonte: BRITT ROBSON (JazzTimes)

 

 

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