“Afrofuturism” é muitas coisas — um gênero literário, um
movimento artístico, uma perspectiva anunciando um novo e melhor caminho. É
também um som. Esta escolha do título por parte de Logan Richardson para seu último
álbum evidencia o desejo de emparelhar os sonhos de um futuro liberado com uma
mensagem oculta e solta na qual pode ser melhor descrito como uma espécie de
uma balada impulsionada, blues eletrificado. Conhecido como um dos mais
premiados e transformadores saxofonistas alto da sua geração, é o poder
composicional de Richardson que brilha aqui. Estendendo-se do seu álbum
anterior, “Blues People”, este trabalho evidencia uma representação da vida em
tempos difíceis. Porém com ele, nós somos lembrados que tais tempos não durarão
para sempre.
Richardson oferece um leque de instrumentação eletrônica e
acústica que dissimula uma descrição fácil. O trabalho de produção na
adequadamente intitulada “Trap” tem cada elemento deste blues eletrônico, mas é
a conversação com uma das mais modernas invenções críticas do hip-hop. A música
é como uma poesia, evocando movimento e transportação. Porém, onde nós estamos
indo é mais um empreendimento coletivo. Som é um mapa, não um território.
Faixas: Say
My Name; The Birth Of Us; Awaken; Sunrays; For Alto; Light; Trap; Grandma;
Farewell; Black Wallstreet; Photo Copy; Round Up; According To You; Praise
Song; I’m Not Bad, I’m Just Drawn That Way. (52:32)
Músicos: Logan Richardson, saxofone alto, teclados; Igor
Osypov, guitarra, guitarra acústica; Peter Schlamb, vibrafone, teclados, teclado
baixo; Dominique Sanders, baixo, teclado baixo; Laura Taglialatela, vocal; Ezgi
Karakus, cordas; Ryan J. Lee, bateria, baixo; Corey Fonville, bateria.
Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos
melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.
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