Este trabalho em dois CDs vem direto dos arquivos do Left Bank Jazz Society. Do meio dos anos
1960 até 1980, esta organização apresentou concertos de Domingo no Famous Ballroom no Charles Street em Baltimore. Um engenheiro autodidata, Vernon
Welsh, gravou centenas de espetáculos no toca-fitas Akai da casa. Em anos
recentes, coletou-se uma dúzia de lançamentos em diversos selos originários das
fitas de Welsh. Ela é maioria essencial em “Understanding”.
Roy Brooks é de Detroit. Quando ele faleceu em 2005 aos 67
anos, ele tinha saído do radar do jazz por anos por causa de problemas mentais
e encarceramento. Ele foi um singular e criativo baterista, que é lembrado hoje
(quando ele é lembrado) por seus quatro anos no quinteto de Horace Silver no
início dos anos 1960. Ocasionalmente, Brooks liderou suas próprias bandas, como
o quinteto com o qual ele tocou em Baltimore
em 01 de Novembro de 1970.
Brooks, o trompetista Woody Shaw, o saxofonista tenor Carlos
Garnett, o pianista Harold Mabern e o baixista Cecil McBee colocaram fogo no Famous Ballroom. Eles desatrelaram uma
paixão em estado natural por duas horas. Shaw, aos 25, com intrépida
proficiência, estava endiabrado naquele dia. Na faixa de abertura, “Prelude to
Understanding”, por 11 minutos, seus brilhantes e curtos ricochetes unem-se nas
mais brilhantes sequências de resolução. Ele está firme, determinado e
amplamente excitante.
Cada canção sobrecarrega o espaço com 20 ou 30 minutos.
Garnett tem a tarefa não invejável de seguir Shaw. Ele combina a energia de Shaw,
se não, sua individualidade artística. Mabern está maciço e poderoso, mas nesta
banda enfurecida ele é a voz da razão. McBee está na vibração do vai rápido. Brooks está inflexível. Às vezes,
com seu explosivo rolo compressor, ele soa como Art Blakey nos esteróides. Porém,
ele foi mais que um golpe esmagador. Ele variou sua veemência.
Há composições vigentes, como a atraente e lírica faixa
título de Brooks, a intrigante “Zoltan” de Shaw e uma versão épica, acima do
limite, de “Billie’s Bounce” de Charlie Parker. Porém, as improvisações deixam
estes pontos iniciais para trás. Esta música é turbulenta em seu tempo. Ela
ocupa um intervalo histórico produtivo entre o hard bop e a liberdade.
O som da gravação de Vernon Welsh está longe da perfeição. É
dissonante, gritante e, às vezes, desequilibrada. Porém, ponha-se no lugar dele,
imprensado em frente da fileira. Quando os dois discos acabam, você está
risonho e exausto, como aqueles sortudos que foram ao Famous Ballroom naquele domingo.....
Disco Um: Lado A: Prelude to Understanding; Lado B:
Understanding.
Disco Dois: Lado
C: Billie's Bounce; Lado D: Zoltan.
Disco Três: Lado E: Taurus Woman; Lado F: Taurus Woman
(Continuation); The Theme.
Músicos: Roy
Brooks: bateria; Carlos Garnett: saxofone tenor; Woody Shaw: trompete; Harold
Mabern: piano; Cecil McBee: baixo.
Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos
melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.
Fonte: THOMAS CONRAD (JazzTimes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário