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domingo, 10 de julho de 2022

CHARLES PILLOW ENSEMBLE - CHAMBER JAZZ (Summit Records)

“Chamber Jazz”, a oitava gravação do saxofonista alto, Charles Pillow, como líder da sua banda, é geralmente tranquila, mas, marcantemente, engaja entonações de poemas, que combinam jazz contemporâneo com elementos de música clássica para produzir um híbrido que sublinha o que é mais harmonioso e charmoso em cada gênero. “Chamber Jazz” é o que diz e é o que é. Como motivo de comparação, pense a banda como o Modern Jazz Quartet vezes cinco. Verdade, não há nem John Lewis ou Milt Jackson em mãos, mas Gary Versace (ao piano e acordeón) e o guitarrista Vic Juris são mais que admiráveis substituições.

Pillow, ele não apenas compôs quatro das oito faixas do álbum (as duas primeiras e as duas últimas) e arranjou todas elas, ele também toca flauta, clarinete, oboé e English horn em adição aos saxofones alto e soprano. Para efetivar seu propósito, Pillow reuniu uma orquestra de 20 componentes, cuja seção de cordas (três violinos, duas violas, dois cellos) embasam uma unidade axial , que inclui, ao lado de Pillow, Versace e Juris, o trompetista Scott Wendholt, o trombonista Alan Ferber, o French hornist Charles Komer, o tubista Marcus Rojas, o clarinetista Todd Groves (que atua , também, na flauta e no  clarinete baixo), os baixistas Jeff Campbell e Jay Anderson, o percussionista Rogério Boccato e os bateristas Mark Ferber e Rich Thompson.

Apesar dele residir na cidade de Nova York desde 1987, Pillow é um nativo de Baton Rouge, Los Angeles, e assim está inteiramente apropriado nesta sessão, que inicia com assombrosa doçura em "While in Pass Manchac" denominada para uma área próxima a New Orleans entre Lakes Pontchartrain e Maurepas. Há solos de Pillow com o trompetista Wendholt e com Versace na leve "Charlotte and Evan" dedicado à filha e filho de Pillow. A melancólica "Don't Explain" de Billie Holiday, uma peça que abre espaço para Juris. Na nota sombria, a gravação deve ter sido um dos últimos trabalhos de Juris antes de seu falecimento prematuro em Dezembro de 2019 aos sessenta e seis anos. Há algum suave ritmo latino em "Bebe" de Hermeto Pascoal (com solos de Versace no acordeón, Pillow no clarinete), mais a plácida ruminação em "Pee Wee" de Tony Williams (com solos de Pillow, na flauta, e Juris). A tuba retumbante de Rojas introduz a divertida, e pouco ouvida, "Oska T" de Thelonious Monk, que lidera a calorosa "Abschied, Ray" de Pillow (composta para seu pai) e uma segunda saudação a uma área de Louisiana, uma pitoresca "Atchafalaya Fiction". Wendholt e o solo elegante de Ferber em "Oska T", Versace em "Ray", Ferber e Versace em "Fiction".

Esta é música adorável, carinhosamente interpretada por Pillow e sua banda. Não, provavelmente, incitaria você bater palmas, bater os dedos dos pés ou acelerar a dança, mas provocará você a ouvir com seu coração e apreciar uma calorosa e impressionante performance, simplesmente, pelo que é. Se isto acontece, Pillow terá, asseguradamente, eclipsado sua meta com campo excedente.

Faixas : While in Pass Manchac; Charlotte and Evan; Don’t Explain; Bebe; Pee Wee; Oska T; Abschied, Ray; Atchafalaya Fiction.

Músicos : Charles Pillow: saxofone; Scott Wendholt: trompete; Alan Ferber: trombone; Chris Komer: french horn; Marcus Rojas: tuba; Todd Groves: clarinete; Vic Juris: guitarra; Gary Versace: órgão, Hammond B3; Jeff Campbell: baixo; Jay Anderson: baixo; Mark Ferber: bateria; Rich Thompson: bateria; Rogerio Boccato: percussão.

Fonte: Jack Bowers (AllAboutJazz)

 

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