Vibrafone e órgão, ambos dotados de timbres ultrarricos, são
um par incomum, quase um deleite sonoro, que Matt Moran e Gary Versace,
respectivamente, refinam no segundo álbum deles com o baterista Tom Rainey. “Return
Trip” é um pouco mais difuso, suas músicas são menos definidas imediatamente do
que “Play Ball” de 2018. Porém, os dois álbuns são parte de uma coleção peculiar,
com várias mudanças de humor, surpreendente e honestamente engajado.
Embora muito solta, a música, aqui, não é completamente
livre, exceto talvez por “Sometimes That’s OK”, que gradualmente aquece a
fervura controlada. Ainda que haja fragmentos de incursões estruturais da banda,
que são delineados. Linha serpeteante de Moran em “Ripples”, seu modelo reiterado
para Rainey atacar como na introdução para “Spring”. A melodia delicadamente
desenvolvida da segunda mencionada é uma exceção, e “Effish” tem,
ilusoriamente, elemento convencionais, também. Mais importante que o repertório
são os ataques cintilantes de hard metal
dos estilos de Moran e seus gestos líricos cintilam contra os acordes
esponjosos de Versace e ostinatos do pedal do baixo, enquanto Rainey conecta-se
com ambos. O som é envolvente, mas não estrondoso. Angularidade e dissonância são acolhidos, mas
não são ostentatórios. Estes músicos confiam no processo e resultados da descoberta.
Eles realizam giros inesperados e ,felizmente, expandem sutis balanços. “Return
Trip” é melancólico, mas é mais sobre mistério que trevas.
Faixas:
Ripples; Spring; Chord Conversation; Lush; Sometimes That’s OK; Effish; Peace
And Integration. (35:47)
Músicos:
Matt Moran, vibrafone; Gary Versace, Hammond
B-3 organ; Tom Rainey, bateria.
Fonte:
Howard Mandel (DownBeat)
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