Como líder do Whit Dickey Quartet, o baterista colocou fé
total em seus companheiros de banda para a sessão no estúdio. Sobre os
materiais complementares, cita Dickey, "Eu questionei a todos a não pensar
muito sobre o tempo. Eu apenas queria que eles tocassem, não para me seguir ou
a cada um". Foi esta a instrução dada de confiança ou negligência? Alguém deveria dizer negligência se a formação
fosse outra, que não os maduros improvisadores que o líder reuniu.
Dickey deve ser melhor conhecido por seu trabalho em bandas
lideradas por David S. Ware, Matthew Shipp e Ivo Perelman mas, com o lançamento
do seu selo, Tao Forms, sua própria
voz e uma seleta estrutura de músicos podem compartilhar os holofotes. Seu
lançamento anterior em trio, “Expanding Light”, incluiu antigos colaboradores como
o saxofonista Rob Brown e Brandon López, um dos mais demandados baixistas na
criativa cena. Este mesmo trio expande para quarteto, aqui, com o violista Mat
Maneri, a referência temperada para todos de Joe Morris a Ken Vandermark e
Gordon Grdina.
Esta liderança segue entre si e anima a música ao longo do
trabalho, mas em uma livre improvisação para todos conforme diz “Free Jazz
(Atlantic, 1961) ” de Ornette Coleman. Os músicos são mais que planetas
autônomos circulando em torno do sol, que são as composições de Dickey. Como o
cosmos, aparentando a vastidão desta música é atualmente parte de um todo bem
ordenado. Não é apenas
aparente para um ouvido não familiarizado. Iniciando com mais de 19
minutos da abertura de "Blue Circuit", a música dissolve-se no tempo,
e na tradicional manutenção do tempo. Cada solista parece gerar seu sistema
mais gravitacional, que por seu turno afeta os outros instrumentistas sem esforço
consciente. O resultado é uma música hipnótica plena de energia e movimento
sustentado.
Faixas : Blue
Circuit; Space Quadrant; The Pendulum Turns; Staircase in Space; Signify.
Músicos: Whit Dickey: bateria; Rob Brown: saxofone alto; Mat
Maneri: viola; Brandon Lopez: baixo acústico.
Fonte : Mark Corroto (AllAboutJazz)
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