O extraordinário “Path of Seven Colors (Pyroclastic Records,
2021) ” de Ches Smith foi uma gravação eruptiva que colocou o baterista/compositor
no topo de muitas listas de final de ano. Seu lançamento no selo de Kris Davis carrega
pouca similaridade à sua estreia no Pyroclastic
além da destreza do artista para descobrir um terreno inexplorado. “Interpret
It Well” reúne o trio com o pianista Craig Taborn, com o violista Mat Maneri e Smith
(“The Bell (ECM, 2016) ” ) e adiciona o guitarrista Bill Frisell.
Com estes mestres da improvisação em ação, Smith confiantemente
estabelece uma fundação e possibilita aos seus colegas a liberdade de explorar
mais profundo. Eles, frequentemente, extraem resultados imprevistos. Atestando
as ocasionalmente estudadas, às vezes ardilosas, passagens em humor e dinâmica,
que ocorrem dentro de meia hora consecutiva da faixa título e "Mixed
Metaphor". As contribuições de Maneri frequentemente concedem uma
qualidade de câmara e é o caso dos mais de quinze minutos de "Clear
Major". Como um sonho dentro de um sonho—sem a desesperança de Edgar Allen
Poe —a peça quase evapora, às vezes, mas volta com uma nova solidez.
O que Frisell traz para a formação original de The Bell é difícil de quantificar. Suas
passagens solo e acréscimos podem ser folclóricos ou penetrantes. E como
Maneri, ele tem habilidade fantástica para gradualmente desaparecer, quase despercebidamente,
em eclética densidade da música. Em "Morbid", Frisell entrelaça idas
e vindas com o piano de Taborn e o vibraphone de Smith. Com cada episódio,
Frisell passa a adotar uma identidade diversa.
“Interpret It Well” toma seu título do artista pop, Raymond
Pettibon, que frequentemente mesclou suas imagens com um criativo ato de compor
um trabalho quimérico. Tudo isto ajusta-se adequadamente com as composições de Smith,
mas mesmo nas mais impulsivas composições, a música é articulada marcantemente.
O trabalho de líer de Smith realiza mais uma questão lógica de colocar definições
arbitrárias e categorias na música criativa. Sua abordagem para compor parece, amplamente,
similar aos trabalhos artísticos de Tyshawn Sorey e Henry Threadgill e com “Interpret
It Well”, ele tem outra vitória inclassificável.
Faixas: Trapped;
Interpret It Well; Mixed Metaphor; Morbid; Clear Major; I Need More; Deppart.
Músicos: Ches
Smith: bateria, vibrafone; Craig Taborn: piano; Mat Maneri: viola; Bill
Frisell: guitarra elétrica.
Fonte: Karl
Ackermann (AllAboutJazz)
Nenhum comentário:
Postar um comentário