playlist Music

terça-feira, 2 de agosto de 2022

CHES SMITH – INTERPRET IT WELL (Pyroclastic Records)

O extraordinário “Path of Seven Colors (Pyroclastic Records, 2021) ” de Ches Smith foi uma gravação eruptiva que colocou o baterista/compositor no topo de muitas listas de final de ano. Seu lançamento no selo de Kris Davis carrega pouca similaridade à sua estreia no Pyroclastic além da destreza do artista para descobrir um terreno inexplorado. “Interpret It Well” reúne o trio com o pianista Craig Taborn, com o violista Mat Maneri e Smith (“The Bell (ECM, 2016) ” ) e adiciona o guitarrista Bill Frisell.

Com estes mestres da improvisação em ação, Smith confiantemente estabelece uma fundação e possibilita aos seus colegas a liberdade de explorar mais profundo. Eles, frequentemente, extraem resultados imprevistos. Atestando as ocasionalmente estudadas, às vezes ardilosas, passagens em humor e dinâmica, que ocorrem dentro de meia hora consecutiva da faixa título e "Mixed Metaphor". As contribuições de Maneri frequentemente concedem uma qualidade de câmara e é o caso dos mais de quinze minutos de "Clear Major". Como um sonho dentro de um sonho—sem a desesperança de Edgar Allen Poe —a peça quase evapora, às vezes, mas volta com uma nova solidez.

O que Frisell traz para a formação original de The Bell é difícil de quantificar. Suas passagens solo e acréscimos podem ser folclóricos ou penetrantes. E como Maneri, ele tem habilidade fantástica para gradualmente desaparecer, quase despercebidamente, em eclética densidade da música. Em "Morbid", Frisell entrelaça idas e vindas com o piano de Taborn e o vibraphone de Smith. Com cada episódio, Frisell passa a adotar uma identidade diversa.

“Interpret It Well” toma seu título do artista pop, Raymond Pettibon, que frequentemente mesclou suas imagens com um criativo ato de compor um trabalho quimérico. Tudo isto ajusta-se adequadamente com as composições de Smith, mas mesmo nas mais impulsivas composições, a música é articulada marcantemente. O trabalho de líer de Smith realiza mais uma questão lógica de colocar definições arbitrárias e categorias na música criativa. Sua abordagem para compor parece, amplamente, similar aos trabalhos artísticos de Tyshawn Sorey e Henry Threadgill e com “Interpret It Well”, ele tem outra vitória inclassificável.

Faixas: Trapped; Interpret It Well; Mixed Metaphor; Morbid; Clear Major; I Need More; Deppart.

Músicos: Ches Smith: bateria, vibrafone; Craig Taborn: piano; Mat Maneri: viola; Bill Frisell: guitarra elétrica.

Fonte: Karl Ackermann (AllAboutJazz)

 

Nenhum comentário: