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domingo, 28 de agosto de 2022

RANDY BRECKER & ADA ROVATTI - BRECKER PLAYS ROVATTI: SACRED BOND (Piloo Records and Productions LLC)

Jackie e Roy Krall, Louis Prima e Keely Smith, Marian e Jimmy McParland—todos fecundos, musicalmente, casamentos jazzísticos. A progressão continua com “Sacred Bond” do trompetista Randy Brecker e da sua esposa, a saxofonista Ada Rovatti. Em alguns dos casos, anteriormente mencionados, especificamente Jackie e Roy, o duo é estilisticamente ligado ao moderno. Aqui, os respectivos estilos do Brecker e Rovatti se juntam espetacularmente, dois estelares músicos, que ocorrem ser um casal. O resultado? Uma soberba performance.

Rovatti, uma saxofonista com técnica e criatividade excelente, apresenta dez composições que são plataformas robustas nas quais ela, Randy e a banda podem estender-se. As músicas escolhidas cobrem um amplo campo de balanços a partir de um melancólico título de abertura para a dramaticamente   comovente "Reverence" (uma respeitosa saudação a Aretha Franklin), "Baggage", um manifesto textural em tempo variado (que tematicamente, e de forma indefinida, ecoa "Strollin'" de Horace Silver), uma afirmação do sax soprano em "Britches Blue", um destaque que tira o chapéu para o “Pince of Darkness – NT: Gênio das Trevas), a suingantemente firme, "The Queen of Bibelot", e a tomada com toque latino, infundido pela cuíca, em "The Other Side of the Coin". A triplamente e dinamicamente calibrada, "Quietly Me", promove a "marca".

A maioria componente deste álbum é atraente de acordo com a combinação de estilos improvisadores de Rovatti-Brecker. Rovatti, uma modernista, favorece, um pouco, os aprimorados ornamentos dinâmicos que cobrem o conjunto e o timbre dos seus eixos. Não toca a instrumentista, ela segura a substância entre a temática da composição na mão e deixa voar uma Niagara de criatividade. Brecker, o vencedor do Grammy, está no topo do jogo ao longo do trabalho. Ele está afinado com sua parceira de linha de frente e segue ajustado com linhas excitantes oferecendo frequente alusão às raízes bebop da Filadélfia.

A banda é boa. O pianista David Kikoski (que oferece um solo de terceiro grau em "The Queen of Bibelot") e companheiros, ases do ritmo, brilham radiantemente neste encontro.

Nenhum truque aqui, apenas um grupo conectado e seus componentes oferecendo uma música soberba. “Sacred Bond” convida, encanta e é, realmente, um casamento bem tocado.

Fonte: Sacred Bond; Helping Hands; Reverence; The Baggage; The Queen Of Bibelot; Britches Blue; Brainwashed; Mirror; The Other Side Of The Coin; Quietly Me.

Músicos: Randy Brecker: trompete; Ada Rovatti: saxofone; David Kikoski: piano; Alex Claffy: baixo; Rodney Holmes: bateria; Jim Beard: órgão; Café Da Silva: percussão; Adam Rogers: guitarra; Stella Brecker: vocal.

Fonte: Nicholas F. Mondello (AllAboutJazz) 

 

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