Jackie e Roy Krall, Louis Prima e Keely Smith, Marian e
Jimmy McParland—todos fecundos, musicalmente, casamentos jazzísticos. A
progressão continua com “Sacred Bond” do trompetista Randy Brecker e da sua
esposa, a saxofonista Ada Rovatti. Em alguns dos casos, anteriormente
mencionados, especificamente Jackie e Roy, o duo é estilisticamente ligado ao
moderno. Aqui, os respectivos estilos do Brecker e Rovatti se juntam espetacularmente,
dois estelares músicos, que ocorrem ser um casal. O resultado? Uma soberba
performance.
Rovatti, uma saxofonista com técnica e criatividade
excelente, apresenta dez composições que são plataformas robustas nas quais
ela, Randy e a banda podem estender-se. As músicas escolhidas cobrem um amplo
campo de balanços a partir de um melancólico título de abertura para a
dramaticamente comovente "Reverence" (uma
respeitosa saudação a Aretha Franklin), "Baggage", um manifesto textural
em tempo variado (que tematicamente, e de forma indefinida, ecoa "Strollin'"
de Horace Silver), uma afirmação do sax soprano em "Britches Blue",
um destaque que tira o chapéu para o “Pince of Darkness – NT: Gênio das Trevas),
a suingantemente firme, "The Queen of Bibelot", e a tomada com toque
latino, infundido pela cuíca, em "The Other Side of the Coin". A
triplamente e dinamicamente calibrada, "Quietly Me", promove a "marca".
A maioria componente deste álbum é atraente de acordo com a
combinação de estilos improvisadores de Rovatti-Brecker. Rovatti, uma modernista,
favorece, um pouco, os aprimorados ornamentos dinâmicos que cobrem o conjunto e
o timbre dos seus eixos. Não toca a instrumentista, ela segura a substância
entre a temática da composição na mão e deixa voar uma Niagara de criatividade.
Brecker, o vencedor do Grammy, está no topo do jogo ao longo do trabalho. Ele está
afinado com sua parceira de linha de frente e segue ajustado com linhas
excitantes oferecendo frequente alusão às raízes bebop da Filadélfia.
A banda é boa. O pianista David Kikoski (que oferece um solo
de terceiro grau em "The Queen of Bibelot") e companheiros, ases do
ritmo, brilham radiantemente neste encontro.
Nenhum truque aqui, apenas um grupo conectado e seus
componentes oferecendo uma música soberba. “Sacred Bond” convida, encanta e é,
realmente, um casamento bem tocado.
Fonte: Sacred
Bond; Helping Hands; Reverence; The Baggage; The Queen Of Bibelot; Britches
Blue; Brainwashed; Mirror; The Other Side Of The Coin; Quietly Me.
Músicos: Randy Brecker: trompete; Ada Rovatti: saxofone;
David Kikoski: piano; Alex Claffy: baixo; Rodney Holmes: bateria; Jim Beard:
órgão; Café Da Silva: percussão; Adam Rogers: guitarra; Stella Brecker: vocal.
Fonte: Nicholas
F. Mondello (AllAboutJazz)
Nenhum comentário:
Postar um comentário