Independentemente de como alguém recebe sua música, não há
dúvida que o coração do especialista em palhetas, Brian Landrus, está no lugar
certo. “Red List”, seu 11º álbum como líder, é dedicado à preservação de espécies
animais, ameaçadas na Terra. Landrus nomeia treze, ao menos cinco das quais —kakapo
(NT: espécie de papagaio da Nova Zelândia), tigre
malaio, gharial (NT: um crocodilo da Índia),
vaquita (NT: É uma espécie rara de toninha endêmica do
norte do Golfo da Califórnia) e rinoceronte-de-java—que praticamente
desapareceram, com menos que 300 espécies remanescentes de cada. De fato, é
estimado, que só oito vaquitas estão ainda vivas e nadando.
"Eu sou um animal amoroso desde que era um garotinho",
escreve Landrus, que veio a ser um vegetariano aos 12 anos e posteriormente um
vegano. “Red List”, compilada pela International
Union for the Conservation of Nature (NT: União Internacional para a
Conservação da Natureza), é a líder no mundo como fonte de informação sobre
risco de extinção global de espécies animais, fungos e plantas. Landrus está
doando toda a renda de “Red List” para a entidade sem fins lucrativos Save the Elephants (NT: Salve os
Elefantes).
Tanta coisa para uma análise racional. Agora para música. É
muito boa, e, certamente, bem executada pelo hepteto de Landrus e quatro
artistas convidados: o trompetista Steve Roach, o saxofonista alto Jaleel Shaw,
o saxofonista tenor Ron Blake e o vocalista Corey King. Landrus compôs e
arranjou cada número, que inclui saudação em "Giant Panda",
"Mariana Dove", "Vaquita" e "Javan Rhino". As outras,
embora não tão explicitamente intituladas, são, entretanto, voltadas para a
natureza com acenos líricos para as formas de vida e de espécies ameaçadas (por
exemplo, "Bwindi Forest", "Congo Basin", "Nocturnal
Flight", "The Distant Deeps"). Uma vez separado dos nomes e
intentos, entretanto, a música é jazz, e qualquer conexão com a natureza em
geral ou animais em particular deve subsistir na mente do ouvinte.
Landrus escreve que ele queria que seus companheiros músicos
para compreender a urgência da situação, parece que eles tomaram seu coração. A
banda está confortável e bem ordenada, os solistas ardentes e desembaraçados. Em
adição a Landrus, no saxofone barítono, clarinete baixo e diversas flautas, estão
inclusos Shaw, Roach, Blake, o guitarrista Nir Felder, o trombonista Ryan
Keberle, o tecladista Geoffrey Keezer e o baixista Lonnie Plaxico, que tem a
breve e inspirada na vaquita "Only Eight" para si mesmo. Há um número
de temas vistosos, a maioria cativante, que inclui "Tigris",
"Save the Elephants", "Congo Basin", "Upriver,
"Vaquita" e "Javan Rhino".
Enquanto, o álbum é bem merecedor de audição sozinha da
música, há ainda outra razão que merece consideração, e isto é, como notado, que
o coração de Bian Landrus está definitivamente no lugar certo. Amantes de
animais, tomem nota.
Faixas: Canopy
of Trees; The Red List; Giant Panda; Nocturnal Flight; Tigris; The Distant
Deeps; Save the Elephants; Mariana Dove; Bwindi Forest; Congo Basin;
Leatherbacks; Upriver; Only Eight; Vaquita; Javan Rhino.
Músicos: Brian
Landrus: saxofone barítono; Steve Roach: trompete; Jaleel Shaw: saxofone alto;
Ron Blake: saxofone; Nir Felder: guitarra; Geoffrey Keezer: teclados; Ryan
Keberle: trombone; Lonnie Plaxico: baixo; John Hadfield: bateria; Rudy Royston:
bateria; Corey King: vocal.
Fonte: Jack
Bowers (AllAboutJazz)
Nenhum comentário:
Postar um comentário