É tentador dizer que “você realmente tinha de estar lá”. Um
concerto de Instant Composers Pool esteve
sempre acontecendo mais do que um trabalho regular, e isto encontra uma
formação relativamente inusual (nem Tristan Honsinger, nem Tobias Delius) assumindo
um pequeno café/restaurante/galeria no norte da Holanda e fazendo música não
apenas para este espaço, mas com ele. Os instrumentistas movem-se de sala em
sala, consequentemente o título de “ir e vir”. Há uma pianola nas instalações que
recebem apresentações. Enorme diversão é garantida a todos.
Ainda que seja fácil subestimar a seriedade do que o ICP faz
e suas profundas conexões com a tradição do jazz. O mestre de cerimônias Han
Bennink, cuja inteligência rítmica é frequentemente segundada (pelos críticos, se
não pelo próprio Bennink) para seu apetite para a brincadeira. Há um respeitoso
aceno em “Kroket” para o falecido Misha Mengelberg, melhor conhecido fora da
Europa por ter gravado com Eric Dolphy, que obteve o Lord of Misrule, na Holanda, na música improvisada por décadas. Ele
se foi, mas o bastão foi transmitido.
Faixas:
Lucht; Sound Of Music; De Linkerschoen, De Rechterschoen 1; Komen en Gaan 1;
MaGuTer; Kiksaus; GuTer; Pianola Potpourri; Kroket; Komen en Gaan 2; Ha AbTer;
GuJo; Komen En Gaan 3; MiTer; Komen en Gaan 4; De Linkerschoen, De
Rechterschoen 2. (63:29)
Músicos: Wolter Wierbos, trombone; Ab Baars, saxofone tenor,
clarinete, shakuhachi; Michael Moore, saxofone alto, clarinete; Joris Roelofs,
clarinete baixo; Guus Janssen, piano, pianola; Terrie Ex, guitarra; Mary
Oliver, violino, viola; Ernst Glerum, baixo, piano; Han Bennink, tambor, pratos,
ferradura, cajón, jeu de boules; casas
de cachorro.
Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos
melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário