Há uma boa meia-dúzia de títulos de faixas, que poderiam,
indolentemente, ser usadas como slogans para este maravilhoso álbum. Nada é
curto para um tributo soar em si mesmo, composto durante a pandemia, quando
mesmo relacionamentos não tinham escolha, tinham que ser virtuais.
É completo e rico o movimento rítmico,
colorido por uma influência inconfundível de Chick Corea (ou camaradagem, preferivelmente)
e é mantido juntos pela mesma visão singular, que guiou o inicial The Art Of Latin Jazz e seu sucesso, Love The Moment.
Este é o grupo que Hernández chama de Alma Libre. Os primeiros dois álbuns foram lançados pela “Origin”. Este
é um lançamento maduro em seu próprio selo Ovation,
e tomando controle completo de cada aspecto da música e produção, ele confirma como
esta visão é, fortemente, unificada. Difícil imaginar estas músicas sem esta
banda, conforme estreitamente empáticas são as performances. Os convidados —
particularmente Joe Locke, que veio a ser a sétima cavalaria do jazz moderno, atuando
apenas nos momentos certos, se para resgatar ou, como aqui, adicionar o brilho
final ao trabalho — estão perfeitamente ajustados e não parecem, de qualquer
forma, presos ou excedentes.
Anos de trabalho com o Seis
Del Solar do Ruben Blades, tanto quanto com Gloria Estefan, a habilidade aprimorada
de Hernández para arranjos afiados. Agora, eles estão usando sua própria,
harmonicamente, sutil música, que, desnecessário dizer, também suínga como uma
explosão.
Faixas:
Visión; Ritmo Pa’Ti; Doña Provi; Chick Forever; Make The Move; Tributo al Son;
Don’t Stop Now; Spring; So Believe It; Virtually Here. (56:40)
Músicos: Justo Almario, saxofone tenor; Oscar Hernández,
piano; Oscar Cartaya, baixo; Jimmy Branly, bateria; Christian Moraga, percussão;
Aaron Janik, trompete; Joe Locke, vibrafone; Luisito Quinte, timbales
Fonte: Brian Morton (DownBeat)
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