O compositor e improvisador Russ Lossing chegou à cena de Nova
York durante o início dos anos 80, quando estudou com John Cage e veio a ser um
membro do Paul Motian Quintet durante
12 anos, marcado por semanas de trabalho no Village
Vanguard. Com o lançamento de “Metamorphism”, Lossing brilha tão intensamente
quanto qualquer dos pioneiros do jazz, que o precedeu no mapeamento de suas
próprias jornadas musicais.
Em 2019, o pianista homenageou o sempre venturoso falecido
baterista com a Motian Music e, outra
vez, faz um tributo para ele a faixa título “Metamorphism” com camadas
intervalares de som. Aqui, e ao longo do álbum, a antiga banda de Lossing com
seus frequentes colaboradores — o saxofonista Loren Stillman, baixista John
Hébert e o baterista Michael Sarin—está completamente sintonizado com a visão
composicional do líder, liberando cada instrumentista para tomar seus próprios
voos de imaginação.
Na abertura, “Three Treasures”, Lossing telegrafa uma
mensagem urgente com um trio de teclado, que ecoou e amplificou o instrumento
de sopro de Stillman, estabelecendo a entonação para uma chamada e resposta
entre os instrumentistas, que confiam em cada outro implicitamente. Da evocação
dos fumegante blues de fim de noite em “Mai’s”, acariciada pelo baixo do
lânguido de Hébert às besliscadas da bateria de Sarin em “Pileatus” e o espaço amplo
de “Blind Horizon (For Andrew Hill) ” um tributo contemplativo ao falecido
pianista e compositor, “Metamorphism” revelam uma série de mundos cadenciados
dentro do singular toque e estilos
composicionais de Lossing.
Faixas:
Three Treasures; Sojourn; Metamorphism (For Paul Motian); Mai; Pileatus; Blind
Horizon (For Andrew Hill); June Jig; Canto 24. (68:16)
Músicos:
Russ Lossing, piano; Loren Stillman, saxofone alto; John Hébert, baixo; Michael
Sarin, bateria.
Nota: Este álbum foi considerado,
pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.
Fonte: Cree
McCree (DownBeat)
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