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sábado, 12 de novembro de 2022

ANTONIO ADOLFO – OCTET AND ORIGINALS

Há um ano (21/8), esta coluna foi dedicada a Antônio Adolfo, carioca de renome internacional, por conta do lançamento do álbum Jobim Forever, com o pianista-compositor à frente de um septeto, na companhia de partners habituais: Rafael Barata (bateria), Jorge Helder (baixo), Jessé Sadoc (trompete, flugelhorn), Rafael Rocha (trombone), Marcelo Martins (sax tenor, flauta) e Lula Galvão (guitarra).

Pois o reverenciado jazzman – no ápice da carreira aos 75 anos – retorna agora às lojas e plataformas virtuais no comando de um oiteto, incluindo os mesmos músicos acima citados, com exceção do guitarrista Galvão, substituído por Ricardo Silveira. E completado com a adição de Danilo Sinna (sax alto).

No novo CD do seu selo AAMusic, intitulado “Octet and Originals”, o pianista apresenta temas da sua autoria, por ele arranjados e interpretados pelos solistas em pouco mais de 50 minutos de música: Heart of Brazil (5m35), Boogie baião (4m40), Emaú (5m10), Cascavel (4m10), Pretty world (5m05), Teletema (5m55), Feito em casa (4m55), Minor chord (5m25), Zabumbaia (5m45) e Toada moderna (4m35).

Nas breves notas de apresentação do álbum, o próprio Adolfo comenta que as 10 composições por ele selecionadas ecoam estilos diversos da música popular brasileira – além do samba propriamente dito e da bossa nova – tais como: baião, partido alto, quadrilha, toada, calango e maracatu. E vale lembrar que foi ele quem escreveu, no fim da década de 1960, a música de Sá Marina, sucesso maior do cantor Wilson Simonal (1938-2000).

Na segunda faixa da setlist o pianista-líder tira do baú a melodia de Como se dança o baião, de Luiz Gonzaga (1912-1989), e o oiteto a recria de modo bem bluesy, com solos do saxofonista Danilo Sinna e do guitarrista Silveira. Teletema é uma valsinha, com realce para o flugel de Sadoc e o trombone de Rafael Rocha. Zabumbaia tem como referência um tipo de bumbo nordestino (zabumba), e como destaques a flauta de Marcelo Martins e o teclado do compositor. Em Toada moderna, Antônio Adolfo inspira-se no pianismo elegante do reverenciado Bill Evans (1929-1980).

Fonte: LUIZ ORLANDO CARNEIRO (Jota)

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