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domingo, 6 de novembro de 2022

FERENC NEMETH – FREEDOM (Dreamers Collective)

Como um playground para improvisação, a mais nova gravação do baterista húngaro, Ferenc Nemeth, tem alegria abundante e, de acordo com o título do álbum, um forte senso de Freedom (Liberdade). Não apenas faz “Freedom” continuar o conceito do seu lançamento de 2012 de não utilizar o baixo, “Triumph (Dreamers Collective)”, mas o percussionista, residente em Nova York, permite a ele mesmo explorar sua intuição, frequentemente liderando estruturas mais simples e progressões harmônicas minimalistas. Em tais generosas estruturas que Nemeth—acompanhada por seu compatriota Tzumo Arpad nos teclados e Gregory Tardy no sax— vem acender um festivo trabalho de jams.

Uma nova adição ao seu trabalho em estúdio—embora uma experimentação que Nemeth tentou e testou ao vivo no passado— diversas músicas no álbum o apresenta vocalizando melodias e harmonias via efeito vocoder. Embora um dispositivo algo excêntrico, um par de canções aproveitam a mais completa tapeçaria sonora. Nas tomadas influenciadas pela world music, nomeadamente a faixa título e "Marrakech", especialmente, onde a qualidade da narrativa dos vocais frutifica.

Cadências ligeiramente descontraídas e melancólicas com grandes refrões, traz cativantes ganchos à mesa e os mantêm juntos com uma sequência de faixas mais exóticas. "The Peacock" e "Floating" são destinadas como plataformas para o saxofone brilhar, enquanto "Farmboy" exsuda vibrações fusion , lembrando o trabalho colaborativo de Nemeth com Attila László em “ Bridges Of Souls (Dreamers Collective 2014) ”. O trabalho marcadamente firme de Nemeth é uma constante, que não é sonoramente alterado. E embora ele atue, mensuravelmente, em forma lentamente modificada, suas batidas e artifícios são incontestáveis, com a força de comando atrás da interação. Um número de curtos interlúdios, encaminhados como "Drumterludes" no álbum, dá-lhe pequenos intervalos nos quais se espalha.

Claro, é difícil falar sobre o baterista húngaro sem mencionar seus companheiros da banda Gilfema, Massimo Biolcati e Lionel Loueke. O primeiro dos quais lançou seu trabalho inicial, “Incontre (Sounderscore 2020)”, quase coincidentemente com este álbum.

"Bluefrica" é representativo deste trabalho do trio. Aqui, Nemeth está em seu trabalho mais percussivo, enquanto sua marca registrada no chimbal, consistentemente, guia a faixa do começo ao fim. Arpad, cujo trabalho elegante ao piano é o destaque no número de smooth jazz "Get Up", igualmente, muda para um efeito no sintetizador que sintoniza o som oitavado da guitarra pelo qual Lionel Loueke veio a ser conhecido. Rapidamente ritmado, "Soccer Game" trabalha em uma, similarmente, tendência balançante.

Algum do puro prazer e excitação que Nemeth exala ao vivo vem através de “Freedom”, e este certamente é o objetivo. Embalado com batidas interessantes, linhas saborosas no sax e teclado fluente, esta versatilidade produz uma jornada  alegre.

Faixas : Triumph 2; Drumterlude 1; The Peacock; Drumterlude 2; Farmboy; Drumterlude 3; Floating; Marrakech; Freedom;The Fugitive; Drumterlude 4; Dare To Dream; Get Up; Drumterlude 5; Soccer Game; Epilogue.

Músicos : Ferenc Nemeth: bateria; Greg Tardy: saxofone; Tzumo Arpad: piano.

Fonte: Friedrich Kunzmann (AllAboutJazz)

 

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