playlist Music

sábado, 19 de novembro de 2022

JAZZMEIA HORN AND HER NOBLE FORCE - DEAR LOVE (Empress Legacy)

 Noble Force é um nome adorável para uma banda e também agradavelmente captura o vigor da proposta que Jazzmeia Horn traz para seu terceiro e mais ambicioso álbum. Nós já sabíamos deste espírito livre com flexibilidade, o soprano como uma lâmina afiada poderia utilizar o jazz cantarolado como um demônio, mas quem sabia que ela poderia elaborar arranjos para orquestra que crepitam e balançam?. Enquanto “Dear Love” sofre de uma breve extensão lamacenta e algumas notas altas entusiasmadas, em toda a parte, Horn sintoniza este oportuno e inspirador divertimento. Sua hábil mistura de lembranças de pessoal e política de Abbey Lincoln e Nina Simone, com pequena quantidade de moderno hip-hop e recitação.

Direto da abertura com uma frase repetitiva no barítono de Jason Marshall em “I Feel You Near”, você sabe que está em busca de uma alma, suingando de forma improvisada, conforme Horn declama memórias envolventes da ausência de um amante. “Be Perfect” é a primeira das três faixas curtas com riqueza, o vocal de Hi-Lo é sobreposto, que introduz uma canção mais longa, sendo a primeira deliosamente cromática, “He Could Be Perfect” de Lafayette Harris. Se o standard de Don Raye, “He’s My Guy”, executado com prazeroso e rápido passeio de baixo, faz você suspeitar que Basie está na sala, todas as dúvidas desvanecem com “Let Us (Take Our Time) ”, que revisita a dolorosamente sexy, um balanço em câmara lenta de “Li’l Darlin’.”. “Back To Me” introduz outra alegre injeção de ânimo, “Lover Come Back To Me”, trazendo Sarah Vaughan à mente.

A sinuosa “Money Can’t Buy Me Love” (pouca semelhança com os Beatles) e o estudo de caráter melodramático em “Nia” de Yunie Mojica tornam as coisas lentas, mas “Dear Love” recupera a força viva com o emparelhamento final da introdução vocal em “Strive” e a inspiradora “Strive (To Be) ”, que, com sua fanfarra com metais e tema forte, seguramente é um obstáculo futuro. O mesmo vale para a maravilhosa balada “Where We Are”, uma declaração igreijeira de amor universal. A peculiar igreja é onde você vai em “Judah Rise”, apresentando um sermão dramático e percussivamente gutural de Horn, o pastor da Georgia, o Reverendo E. J. Robinson, impulsionado por uma suave reprise do barítono de Marshall.

Uma faixa bônus oferece uma etiqueta estilo Stax, “Where Is Freedom!?”, apresentando o órgão gritante do diretor musical Sullivan Fortner, conforme a banda nos deixa dançando na rua.

Faixas: I Feel You Near; Be Perfect; He Could Be Perfect; He’s My Guy; Let Us (Take Our Time); Back To Me; Lover Come Back To Me; Nia; Strive (Vocal Interlude); Strive (To Be); Where We Are; Judah Rise; Where Is Freedom? (bonus track). (62:08)

Músicos: Jazzmeia Horn, vocal, arranjo; Freddie Hendrix, Bruce Harris, Josh Evans, trompete; Dion Tucker, Cory Wilcox, Max Seigel, trombone; Bruce Williams, saxofone alto; Keith Loftis, Anthony Ware, saxofone tenor; Jason Marshall, saxofone barítono; Keith Brown, piano; Sullivan Fortner, órgão, diretor musical; Eric Wheeler, baixo; Anwar Marshall, bateria; Khalil Bell, percussão; Tia Allen, viola; Chiara Fasi, Eddie Findeisen, violino; Dara Hankins, cello; Reverend E.J. Robinson, recitação (13).

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.

Fonte: Paul de Barros (DownBeat)

Nenhum comentário: