“What To Wear In The” é um radical e brilhante
entrelaçamento de música inédita e reinterpretações de músicas. A vocalista
Kate McGarry e seu parceiro, o guitarrista Keith Ganz, esforçam-se para “iluminar
a noite” aponta a primeira faixa, o clássico de 1930, “Dancing In The Dark”. O
comando da batida por trás do desespero, se é a pressão social a todo vapor em “Barrytown”
de Steely Dan ou a passagem de um estilo de vida em “Desperado” do Eagles que anima este álbum excepcional.
Há, ritmicamente, canções animadas, como a ambígua “Both
Sides Now” de Mitchell, “On the Road To Find Out” de Cat Stevens, uma tomada
funkeada de “Here Comes the Sun” de George Harrison e um ponto emocional
central do álbum, uma versão falante de “The 59th Street Bridge Song (Feelin’
Groovy)” de Simon e Garfunkel, que ressalta o cornet vigoroso do artista
convidado, Ron Miles, e o piano aveludado de Gary Versace. Os dois atrás de
McGarry conforme ela interpreta “Anthem” de Leonard Cohen. Sua voz é um bálsamo
em “It Happens All the Time In Heaven” , um lânguida pintura de canção que
encerra este álbum em uma tempestade de afeição.
As edições e mixagens de Ganz dá espaço e definição a cada
instrumento tão bem quanto ao vocal de McGarry. Os condimentos de Pat Metheny,
Sting, Tom Waits e Peter Gabriel surgem ocasionalmente, mas nunca subverte a
originalidade. Gravado ao longo de quatro anos, em três diferentes lugares com
músicos variados, “What To Wear In The Dark” soa como nascido de uma torrente.
Faixas:
Dancing In The Dark; Barrytown; Both Sides Now; God Moves On The City; The 59th
Street Bridge Song (Feelin’ Groovy); Desperado; On The Road To Find Out;
Anthem; Here Comes The Sun; It Happens All The Time In Heaven. (61:48)
Músicos
Erin Bentlage, vocal; Obed Calvaire, Christian Euman, Clarence Penn, bateria;
Keith Ganz, guitars, baixo; Kate McGarry, vocal; Ron Miles, cornet; James
Shipp, escovinhas, pandeiro; Sean Smith, baixo acústico; Becca Stevens, vocal, charango; Gary Versace, piano, órgão,
Wurlitzer, acordeón; Michelle Willis, vocal, Wurlitzer.
Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos
melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.
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