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terça-feira, 8 de novembro de 2022

TIMO LASSY – TRIO (We Jazz Records)

Para “Trio”, Timo Lassy centra a música dentro de seu novo grupo: ele mesmo, o baixista Ville Herrala e o baterista Jaska Lukkarinen. Porém, o saxofonista finlandês realiza um giro no clássico trio de saxofone via um amplo elenco de suporte, incluindo um grupo de síntese eletrônica e uma orquestra de cordas, a Budapest Art Orchestra.

As cordas rapidamente anunciam a presença delas em “Foreign Routes”, providenciando uma harmonia suntuosa. Uma orquestração sublime sobre um balanço hipnótico da bossa de Herrala e Lukkarinen, que poderia ser uma trilha sonora para um clássico de James Bond.

“Sointu” e “Sunday” exibem uma extensa proficiência improvisadora de Lassy. Sua entonação rubra estabelece-se em algum lugar entre Joe Henderson e Charles Lloyd, com alusões a Jan Garbarek.

“Pumping C” apresenta o núcleo do trio, e não necessita assistência. Uma corajosa linha do baixo estabelece a pressão na bateria de Lukkarinen inspirada em Art Blakey. Lassy dobra e espertamente varia o ostinato, deslocando modos antes de decantar um solo amigavelmente mixolidiano (NT: O modo mixolídio, na música, é um dos modos gregos. Caracteriza-se por ser um modo misto, ou seja, é uma fusão da relação intervalar do segundo tetracorde do modo lídio com o primeiro tetracorde do modo dórico). Seus deslizamentos no saxofone sobre o pedal, lentamente entrelaçando parafusos sonoros para um princípio agradavelmente inquietante.

“Orlo” relembra o matiz inteiro para um final espetacular. O saxofone anuncia a melodia granulosa antes de todas as diversos explosões adiante. Lassy salva o seu melhor por último com um solo apaixonado sobre um ciclo de quarto acorde — seção rítmica, cordas e sintetizadores todos em um turbilhão em um encerramento ajustado para um épico álbum de trio.

Faixas: Foreign Routes; Better Together; Sointu; Sunday; Subtropical; Pumping C; Orlo. (41:32)

Músicos: Timo Lassy, saxofone tenor, teclados (2, 5); Ville Herrala, baixo; Jaska Lukkarinen, bateria; Tuomo Prättälä (3), Valtteri Pöyhönen (7), teclados; Abdissa Assefa, percussão (5); Budapest Art Orchestra, arranjos. Marzi Nyman, maestro. Peter Pejtsik (1, 2, 4, 7).

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=ByPtFnhP2xo

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.

Fonte: Gary Fukushima (DownBeat)  
 

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