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quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

TIM FITZGERALD´S FULL HOUSE - TIM FITZGERALD´S FULL HOUSE (Cellar Music Group)

 Diversos dos mais demandados instrumentistas de Chicago, improvisadores e arranjadores atuam no Tim Fitzgerald’s Full House, uma banda com sete anos de existência dedicada a interpretar e construir sobre o repertório de Wes Montgomery (1923–1968). Inspirado pelo guitarrista componente do DownBeat Hall of Fame e profundamente familiarizado com o repertório comovente e suavemente estilizado, utilizando técnicas do mestre inovador e popularizado nos anos 1950s e 60s, Fitzgerald é um estudioso de Montgomery e um visionário que tem merecido amplo reconhecimento por seu trabalho. Em cerca de 20 anos de atuação, liderando, transcrevendo, pesquisando e criando, Fitzgerald tem consistentemente exibido uma profunda conexão e intimidade com o fumegante mundo do jazz de guitarristas autodidatas. Sua estreia no septeto do mesmo nome (denominado pelo hard bop de Montgomery, em 1962, do álbum ao vivo, “Full House”) usa substancial e celebrada obra de Montgomery como um ponto de partida para aventuras inventivas no bebop, swing, doçura balançante, gingado blueseiro e improvisação extensa. O que faz este projeto verdadeiramente notável, ainda que seja habilmente vocalizado, são os arranjos ritmicamente carregados de canções de Montgomery, que Fitzgerald e seus companheiros de banda trazem para a festa. Alguns dos momentos cativantes em “Tim Fitzgerald’s Full House” ocorrem os instrumentistas de sopro Victor Garcia (trompete), Greg Ward (sax alto) e Chris Madsen (sax tenor) unem-se com o líder em extensas passagens, que Fitzgerald integra a assinatura do toque técnico de Montgomery em acorde melódico. O resultado da mistura metais-e-guitarra invoca um timbre complexo que é tão cativante quanto sonoramente sobrenatural. Propaga-se para o ouvinte com uma dinâmica como com wah-wah e acalma-se com uma suavidade prazerosa. Fitzgerald não emula o toque de Montgomery por assim dizer, mas os dois guitarristas têm muito em comum: destreza no dedilhar, uma afinidade para material ritmicamente avançado, comando total dos elementos harmônicos inerentes próprios do jazz mais direto, toque impecável no braço da guitarra, maestria em todas as coisas sincopadas e reverências alicerçadas no blues. O baterista George Fludas é uma força condutora através do programa, nunca deixando de gerar centelhas ou salpica pedaços de lampejos e vislumbre apenas nos locais certos. O pianista Tom Vaitsas e o baixista Christian Dillingham completam esta espetacular formação, um talento bem profundo e experiência na qual Fitzgerald se baseia para sustentar o tipo de fluxo de bom sentimento, que deu contribuições de Montgomery para o cânone do jazz em permanente apelo entre ouvintes do jazz e instrumentistas semelhantes.

Fonte : Ed Enright (DownBeat)

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