
Tom Harrell é como uma pedra angular no reino dos músicos de
jazz: Sua música tem um efeito desproporcionalmente amplo em seu entorno natural,
apenas como o grandioso Carvalho (Oak Tree). Ao longo de sua carreira de cinco
décadas, o celebrado trompetista/flugelhornista tem causado impacto profundo na
comunidade inflexível do jazz. A beleza lírica das suas linhas melódicas e a
concisão e intensa naturalidade das suas improvisações serviram para beneficiar
gerações de modernos instrumentistas e compositores enraizados em estilos
tradicionais de swing, bebop, Latin e blues. Seu último, uma especialmente sólida
sessão de quarteto do final de 2020 com o pianista/tecladista Luis Perdomo, com
o baixista Ugonna Okegwo e o baterista Adam Cruz, reinterpreta todo este fundamento
e mais conforme quatro maduros improvisadores exploram um sólido terreno de 11 inéditas
de Harrell, que são assim brilhantemente elaboradas, elas estão seguras para
beneficiar o princípio fundamental do jazz por décadas a vir. A faixa líder em
“Oak Tree”, “Evoorg” é levada à quintessência de Harrell: um consistente meio
suingante de linhas sinuosas do bebop e o impacto ocasional cromático
interpretada em um contexto harmônico das mudanças alteradas em “Rhythm”. Melodias
de Harrell – compostas e improvisadas — sentem-se incrivelmente familiar, aparentemente
sem esforços, até eles pegarem você de surpresa e revelarem-se apenas como
distintamente diferentes e originais que elas são. “Fivin’”, uma das três
faixas que apresenta Perdomo no Fender Rhodes, é uma excursão no jazz-funk com
simples, até com linhas oitavadas, que nunca vai para longe das demonstrações monotônicas
da abertura. A faixa título, como um carvalho (Oak Tree) é assim denominada, é
uma balada moderada caracterizada por linhas nodosas, o encrespado sussurro das
escovinhas de Cruz e um solo agitado, no qual o líder, completamente desinibido
em seu próprio habitat, salta de galho em galho e soa como de uma garganta de
um colibri em uma manhã ensolarada. Harrell passa para o flugel para mais
suavemente sombrear as músicas com um balanço de um samba de uma nota só em
“Tribute” e a balada delicada e melancólica, “Shadows”, tão bem quanto a faixa
agressiva, “Zatoichi”, onde o quarteto deixa uma declaração inicial contraída
e, finalmente desaba para revelar prados de etéreas improvisações free. A
assinatura de qualidade de Harrell do bebop emerge em qualquer tempo, parece,
que o espírito o move. Antigos admiradores podem ter seu suprimento com faixas
estimulantes como a ilusoriamente intitulada e cuidadosamente arranjada
“Improv”. A angular “Archaeopteryx” apresentando um toque dobrado de Harrell atuando
em uníssono e em harmonia consigo mesmo e a otimista “Love Tide”, reminiscente
da adorada obra-prima de outrora (como o clássico de Clifford Brown, “Joy
Spring”) com seu movimento sutil e fundamental, melodia agitada e acentos
elegantes.
Faixas
1 Evoorg
2 Fivin'
3 Oak
Tree
4 Tribute
5 Zatoichi
6 Sun Up
7 Improv
8 Shadows
9 Archaeopteryx
10 Robot Etude
11 Love Tide
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=M2QlwwzgaEM
Fonte: Ed Enright (DownBeat)
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