O dedilhado intricado da guitarra acústica, executado com
sentimento, é admirável em todos os aspectos musicais, elaborado e seguem
tranquilos para audição. O sexto álbum de Kaplan, retornando ao formato de solo
de corda de nylon da sua estreia em 2011, não é exceção: oito canções reimaginadas,
habilmente puxadas, gravadas tão proximamente aos seus dedos sobre os trastes
vieram a ser parte do som e você está mesmo ali.
A intimidade enfatiza o imediatismo nas performances que
deve, além disso, parecer pré-planejadas, como se tais criações girassem complexamente
e são apenas maravilhosas se são descobertas com antecedência. Kaplan não usa
batidas ou ritmos de jazz por fundamentos, embora ele claramente pudesse
fazê-lo. Kaplan tem sido, majoritariamente, associado com projetos com
influência brasileira, mas obviamente conhece este repertório de standards
de dentro para fora, permitindo-lhe dar, mesmo a estas melodias demasiadamente
conhecidas, profundidades modernas via arranjos inusuais, contrapontos imaginativos
e complexos acordes internos. A nostalgia sombreia suas sensíveis
interpretações de uma seleção ponderada através do romance (é esta uma alegoria
das gravações do período da COVID-19?), mas todas as coisas são complicadas. É tudo
uma linhagem do estilo do clássico moderno, estabelecido por Andres Segovia,
adotado e impulsionado por virtuosos como Leo Brouwer e os irmãos Assad. Como
eles, e o falecido mestre das cordas de aço da música tradicional estadunidense,
John Fahey, Kaplan leva tempo em suas interpretações, o melhor de seus detalhes
e implicações. A expressividade de suas interpretações ressoa nas notas e
frases que ele emite. Independentemente do grau de improvisação envolvida, esta
música flui, habilmente, reflexivamente e modernamente realizada.
Faixas: The Song Is You; With A Song In My Heart; If Ever I
Would Leave You; Smoke Gets In Your Eyes; So In Love; Anything Goes; But Not
For Me; Easy To Love.
Fonte: Howard Mandel (DownBeat)
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