Alguém corre o risco de metáfora queimada, quando descreve
esta música. Mesmo os selos que estiveram fixados nesta interação do jazz — avant-garde, free — empurra-nos para uma certa espécie de expectativa. Porém, na
segunda parte de “Conversations”, o pianista Cooper-Moore e o saxofonista tenor
Stephen Gauci são apenas contidos pela expectativa daquilo que ouvem, inscrito,
no toque de cada um. A verdadeira maestria do trabalho em conjunto, a confiança
entre si, não conhecendo aonde uma colaboração lidera. Para o ouvinte é melhor.
Com improvisações
como estas, nós estamos frequentemente pesquisando, buscando algo poderoso e
livre. Porém, vários destes trabalhos apenas facilmente evocam calma, uma bem
temperada vulnerabilidade para uma ideia de liberdade, que não deve ser o que
não queremos ou pensa necessitar ser. Há um certo poder em não saber.
Se liberdade
é sobre confiança e fé, é também uma expressão honesta de coragem inerente, pisando,
adiante, corajosamente, a maioria belamente expressa em “Improvisation Nine”. Então,
se é uma descrição densa de música que resiste à metáfora artística, “Conversations
Vol. 2” evoca algo mais vigooso.
Faixas:
Improvisation Seven; Improvisation Eight; Improvisation Nine; Improvisation
Ten; Improvisation Eleven; Improvisation Twelve; Improvisation Thirteen.
(39:09)
Músicas:
Cooper-Moore, piano; Stephen Gauci, saxofone tenor.
Fonte:
Joshua Myers (DownBeat)
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