Talvez o mais fino elogio que você pode conferir
individualmente em nossos tempos de COVID-19 é que ele/ela é um sólido cidadão,
alguém que toma para si mesmo a proteção de outros do perigo que representa
este vírus horrível. O que teve isto a ver com a música do baixista/líder Dave
Young? Primeiro, é fundamental que todo grande jazz seja construído sobre a
fundação de um baixista mantenedor do tempo. Segundo, conforme evidenciado por
“Ides Of March” de Young, seu sólido manusear do baixo salvaguarda a tradição
musical em que nossa cultura musical do jazz é construída. Todavia,
a música também atua como um superssaturador de boas vibrações.
De nove composições apresentadas, quatro são de Herbie
Hancock, dois de Young e as restantes, individualmente, de Lee Morgan, George
Gershwin e do pianista dinamarquês Niels Lan Doky. Young expande sobre seu
lançamento anterior, a gravação em trio “Trouble in Mind (Modica Music, 2019) ”,
adicionando o guitarrista Reg Schwager realizando um satisfatório e balanceado
quarteto. Seu solo e o do trompetista Kevin Turcotte na abertura de
"Dolphin Dance" contribuem para um encontro descontraído e bem
equipado. Com Young no comando, as composições de Hancock sentem-se familiar sem
soar banal. O arranque de "Riot" e a severidade de "One Finger
Snap" são creditados a lampejos do veterano baterista Terry Clarke, que habilita
os três outros membros para solar dentro de um espaço seguro. Esta liberdade,
ou segurança, é a marca da gravação, evidenciada pelas composições originais de
Young. Com "Ides Of March" nós viajamos seguramente através de
assinaturas no tempo e "Forty Five Degrees" explora como um sucesso
da Blue Note do meado dos anos 1960. Glória a este quarteto de sólidos cidadãos
do jazz.
Faixas: Dolphin
Dance; Speedball; Speak Like A Child; One Finger Snap; Riot; My Man’s Gone Now;
Ides Of March; The Target; Forty Five Degrees.
Músicos: Dave
Young: baixo acústico; Reg Schwager: guitarra; Kevin Turcotte: trompete; Terry
Clarke: bateria.
Fonte: MARK
CORROTO (AllAboutJazz)
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