Todos os elementos que o saxofonista alto David Binney traz
para “Tomorrow’s Journey” estão no toque da longa faixa título, que exibe o
conhecimento composicional de Binney e a destreza da sua última banda situada
em Los Angeles.
Com seu fundo de latão grosso, “Journey” de Binney soa imenso,
nas não intimidatório. Ele mantém-se no curso, liderando minimovimentos, que em
suas texturas mutáveis e ritmos mantêm a canção envolvente.
“Second to None”, a música de abertura, é mais curta e mais simples
É uma vistosa aventura marcada por metais picantes e um Binney declamatório. O
álbum completo é uma sequência envolvente, que encerra com “Cali Culture”, um
trabalho mutável de Binney e o trompete desbravador de Ambrose Akinmusire. Ao longo
do caminho, Binney apresenta “Opal”, uma vitrine para os baixistas Logan Kane e
Ethan Moffit; o cerebral pianista Luis Mendoza, metricamente complicado em
“Casa”, apresentando um solo de Mendoza com velocidade impressionante e
propósito e a balada “Loved (para o sobrinho Vince)”, o coração do álbum. Liderado
por Binney no seu lado mais terno, a ruminativa “Loved” nunca se desvia da sua
austeridade, caminho reconfortante.
Se “Loved” é a faixa mais direta, “Resembler”, estimulada
por linhas delgadas de Binney e os teclados rodeando Mendoza e Paul Cornish, pode
ser a sua menos previsível. É certamente uma viagem, vibrando com vitalidade e risco.
Se no início, “Resembler” sente-se como um trabalho em progresso, a repetição rítmica
a impulsiona para o fim que se aproxima poderosamente.
Faixas: Second To None; Tomorrow’s Journey; Casa; Resembler;
Loved (for cousin Vince); Opal; Cali Culture. (61:67)
Músicos: David Binney, saxofone alto; Paul Cornish, piano;
Jon Hatamaya, trombone; Aaron Janik, trompete; Logan Kane, baixo; Luca Mendoza,
piano; Ethan Moffit, baixo; Benjamin Ring, bateria; Kenny Wollesen, bowed
vibes, percussão.
Fonte: Carlo Wolff
(DownBeat)
Nenhum comentário:
Postar um comentário