Desenfreado ímpeto rítmico, impulsionado por uma estranha
harmonia rica, é a essência de “Sing To The World”. O pianista Benito González tem
uma vez mais congregado um vibrante elenco, que floresce em dez criações
originais. Inventiva e vigorosa, a banda é fluida no momento e estabelece
interação com conversação rica e inteligente. A profundidade e articulação vem
sem surpresa, como referência aos seus trabalhos anteriores como líder e aos
sete anos que González passou como membro da banda de Kenny Garrett.
O vigoroso baixista Christian McBride alinhado, alternativamente,
a Jeff "Tain" Watts e Sasha Mashin para ancorar e verdadeiramente comandar
uma seção rítmica, que foi o núcleo e trampolim para Gonzalez, tão bem quanto o
trompetista Nicholas Payton. Juntos eles construíram uma fundação de sons
afro-latinos, que ecoou os espíritos ancestrais e autênticas batidas de danças
africanas. Tocando modernas vibrações de jazz sobre e dentro das batidas tórridas
e batidas variáveis criadas de forma moderna e sofisticada de sons próprios de
fusão.
Enquanto a maioria do novo material foi composta por González,
há duas notáveis exceções. O grande trompetista Roy Hargrove e González frequentemente
se uniram para tocar e desenvolveram uma amizade musical e pessoal. Hargrove compôs
a música "Father", que caracterizou este vínculo. Eles tocaram
frequentemente juntos, sempre refinando. Porém, a melodia franca nunca foi gravada.
Até agora. "412" é uma composição de Watts. Watts conectou-se com
González anos atrás, quando ele apreciou o espírito do jovem pianista e o respeito
pelas notas. Ele sentou ao piano um dia e exibiu ou ensinou a melodia a González.
"Father" foi tocada pouco e nunca gravada. As canções trazem um
sentimentalismo, que mistura adequadamente e cria uma bem sequenciada mudança
direcional do passo a partir da majoritariamente feérica entonação da quinta
gravação de González como líder.
Embora Gonzalez esteja implacavelmente engajado ao longo do trabalho,
seu ataque nas teclas de modo algum interfere em sua interação improvisadora
com seus companheiros de banda. Estes ases estão muito mais atentos a cada um
deles e respondendo na mesma moeda. Um grande mestre do baixo, McBride lidera e
estabelece uma precisa, embora, em última instância, arriscada seção rítmica,
que gloriosamente González devora como um big
kahuna (NT:
hambúrguer servido na Big Kahuna Burger, que é uma rede fictícia de
restaurantes de fast food com tema havaiano que apareceu em filmes de Quentin
Tarantino e Robert Rodriguez) em Big Sur. A vigorosa energia e fina
entonação estabelece o perfil dos membros da banda, coletivamente elevado , por
todos, ao topo dos seus jogos instrumental e conversacional. Há muito a ser
dito, e uma abundância de prazer ao longo do caminho.
Faixas: Sounds
of Freedom; Views of the Blues; Father; Offering; Visionary; Smile; Sing to the
World; 412; Flatbush Avenue; Colors.
Músicos: Benito
Gonzalez: piano; Nicholas Payton: trompete; Josh Evans: trompete; Christian
McBride: baixo; Essiet Essiet: baixo; Sasha Mashin: bateria; Jeff
"Tain" Watts: bateria; Makar Kashitsyn: saxofone.
Fonte: Jim
Worsley (AllAboutJazz)
Nenhum comentário:
Postar um comentário