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domingo, 5 de março de 2023

BENITO GONZÁLEZ - SING TO THE WORLD (Rainy Days Records)

Desenfreado ímpeto rítmico, impulsionado por uma estranha harmonia rica, é a essência de “Sing To The World”. O pianista Benito González tem uma vez mais congregado um vibrante elenco, que floresce em dez criações originais. Inventiva e vigorosa, a banda é fluida no momento e estabelece interação com conversação rica e inteligente. A profundidade e articulação vem sem surpresa, como referência aos seus trabalhos anteriores como líder e aos sete anos que González passou como membro da banda de Kenny Garrett.

O vigoroso baixista Christian McBride alinhado, alternativamente, a Jeff "Tain" Watts e Sasha Mashin para ancorar e verdadeiramente comandar uma seção rítmica, que foi o núcleo e trampolim para Gonzalez, tão bem quanto o trompetista Nicholas Payton. Juntos eles construíram uma fundação de sons afro-latinos, que ecoou os espíritos ancestrais e autênticas batidas de danças africanas. Tocando modernas vibrações de jazz sobre e dentro das batidas tórridas e batidas variáveis criadas de forma moderna e sofisticada de sons próprios de fusão.   

Enquanto a maioria do novo material foi composta por González, há duas notáveis exceções. O grande trompetista Roy Hargrove e González frequentemente se uniram para tocar e desenvolveram uma amizade musical e pessoal. Hargrove compôs a música "Father", que caracterizou este vínculo. Eles tocaram frequentemente juntos, sempre refinando. Porém, a melodia franca nunca foi gravada. Até agora. "412" é uma composição de Watts. Watts conectou-se com González anos atrás, quando ele apreciou o espírito do jovem pianista e o respeito pelas notas. Ele sentou ao piano um dia e exibiu ou ensinou a melodia a González. "Father" foi tocada pouco e nunca gravada. As canções trazem um sentimentalismo, que mistura adequadamente e cria uma bem sequenciada mudança direcional do passo a partir da majoritariamente feérica entonação da quinta gravação de González como líder.

Embora Gonzalez esteja implacavelmente engajado ao longo do trabalho, seu ataque nas teclas de modo algum interfere em sua interação improvisadora com seus companheiros de banda. Estes ases estão muito mais atentos a cada um deles e respondendo na mesma moeda. Um grande mestre do baixo, McBride lidera e estabelece uma precisa, embora, em última instância, arriscada seção rítmica, que gloriosamente González devora como um big kahuna (NT: hambúrguer servido na Big Kahuna Burger, que é uma rede fictícia de restaurantes de fast food com tema havaiano que apareceu em filmes de Quentin Tarantino e Robert Rodriguez) em Big Sur. A vigorosa energia e fina entonação estabelece o perfil dos membros da banda, coletivamente elevado , por todos, ao topo dos seus jogos instrumental e conversacional. Há muito a ser dito, e uma abundância de prazer ao longo do caminho.

Faixas: Sounds of Freedom; Views of the Blues; Father; Offering; Visionary; Smile; Sing to the World; 412; Flatbush Avenue; Colors.

Músicos: Benito Gonzalez: piano; Nicholas Payton: trompete; Josh Evans: trompete; Christian McBride: baixo; Essiet Essiet: baixo; Sasha Mashin: bateria; Jeff "Tain" Watts: bateria; Makar Kashitsyn: saxofone.

Fonte: Jim Worsley (AllAboutJazz)

 

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