“Live in Los Angeles” foi primeiro lançado em 2001 e esta é
uma remasterização e reedição. Diz algo bom sobre as composições e os
instrumentistas, que permanecem vitais, modernos e brilhantes. Há algo sobre a
música brasileira, que suportou bem o tempo, que aparentemente representa sua
popularidade perene. Você pode chamar do que quiser: "smooth jazz",
"fusion", "samba pop", "Afro-Latino". Os rótulos
são difíceis. A música efetiva um sentimento vivo e vibrante, que recarrega o
humor (que, o Senhor sabe, é completamente uma realização nestes tempos) e ilumina
todas as coisas em torno. Há coisas muito piores a serem ditas sobre uma
gravação, e muito menos caminhos proveitosos para utilizar o tempo em uma audição.
Outra vez, procurar novidade não é o ponto. Não será encontrada aqui. Ainda
assim, se você procurar por uma brisa marinha fresca através da janela, quando
o oceano não está próximo, você que vir ao lugar certo. E como bônus, a música
é viva, um artefato da primeira vez que Rique Pantoja atuou ao vivo nos Estados
Unidos.
Rique Pantoja é brasileiro de nascimento, mas ele está
estabelecido em Los Angeles por muitos anos. Ele ficou ao redor, tocando com Chet
Baker, Carlos Santana, Lee Ritenour, Gloria Estefan e mesmo Christopher
Parkening. Ele é um compositor, arranjador, produtor, vocalista, letrista, e
não menos importante, tecladista, com a Berklee
College of Music e Charlie Banacos por trás dele. Como qualquer músico em atividade,
ele tem uma variedade de trabalhos comerciais em seu crédito, assim você deve
ter ouvido sua música, mesmo se, apenas para falar, como nunca.
Este trabalho é nada mais que agradável.
"Arpoador" evoca a península entre Ipanema e Copacabana no Rio, com
múltiplas métricas sugerindo correntes cruzando a baía, e apresenta um relaxamento,
navegando no solo da guitarra de Ricardo Silveira. "Julinho" é uma
balada melancólica com Steve Tavaglione afirmando o tema ao saxofone com
acompanhamento na guitarra baixo de Jimmy Earl, melhor conhecido como um membro
da banda da casa do show de televisão dos Estados Unidos, Jimmy Kimmel
Live!'s. Um segmento em tempo dobrado faz um ótimo contraste. "1000
Watts" para Ernie Watts, que representa outra parada na jornada musical de
Pantoja. O saxofonista e flautista Tavaglione tem extensa experiência em grupos
de jazz latino, o que é uma vantagem aqui. Da Bahia, Nordeste do Brasil, há as
saborosas flauta e guitarra, que apresentam "Da Baiana", que se move
realmente de forma agradável. "Bebop Kid" é dedicada ao filho de Pantoja
e não tem nada com o garoto "El Be Bop", alcunha de Freddy Fender. É
outra brilhante apresentação da flauta e guitarra, com um solo de baixo que, de
qualquer maneira, distantemente soa no ouvido como "Confirmation" de
Charlie Parker. "Que Locura", "Morena" e "Prá
Lili" apresenta mais explorações de temas brasileiros em várias métricas e
gêneros.
A música de Pantoja é enganosamente simples, mas quanto mais
alguém ouve, mais alguém quer escutar. “Live in Los Angeles” pode ser tomado em
vários níveis, desde o impressionista ao resolutamente analítico. Esta é a parte
do charme e interesse desta muito boa reentrada ao passado.
Faixas : Arpoador; Julinho; 1000 Watts; Da Baiana; Bebop
Kid; Que Loucura; Morena; Prá Lili.
Músicos : Rique Pantoja: teclados,voz; Steve Tavaglione: saxofones,
flautas; Jimmy Earl: baixo; Joel Taylor: bateria; Ricardo Silveira: guitarra;
Cassio Duarte: percussão.
Fonte : Richard
J Salvucci (AllAboutJazz)
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