Manfred Eicher, fundador visionário da ECM Records,
localizada em Munique, mais uma vez descreveu uma banda liderada pelo nascido em
Tel Aviv, o trompetista/compositor Avishai Cohen, que se aprimorou em Nova York,
como “um grande polvo”. Eicher observou que Cohen invocou bandas nas quais os
participantes são membros individuais, que reagem espontaneamente dentro de um
grupo indescritível em mente, ainda que não percam suas individualidades muito
como uma banda liderada com métodos de Miles Davis, a chave do modelo de Cohen.
“Naked Truth” é uma miniatura de um álbum em 40 minutos, belamente executado e
conduzido pela ideia, que improvisando músicos bons o bastante para tocar
qualquer impetuosa corrente de consciência, que pode revelar um pouco mais se
eles, às vezes, tocam apenas uma fração do que eles sabem.
No primeiro lockdown,
Cohen focou em fragmentos minúsculos de melodia que formou sugestões de noves
partes de uma suíte improvisada. Quando ele ingressou no estúdio com antigos
aliados Yonathan Avishai (piano), Barak Mori (baixo) e Ziv Ravitz (bateria), deixando
qualquer sentimento supérfluo ser a regra. O suave Cohen, perfeitamente
arredondou as notas, emprestando graciosos acalantos dentro do suave som do
baixo de Mori, abrindo caminho para gentil ostinato do piano persuadido por
pratos sussurrantes, que construiu uma insistência crescente, clássicas
modulações elegantes sobre movimentos de baquetas, que determinam pesarosas e
estridentes linhas dos instrumentos de sopro e surpreendentes execuções ágeis,
quase como um clarim que chama reviravoltas em lamentos palpitantes.
No encerramento, Cohen, sugestivamente, lê Departure da poetisa israelense Zelda
Schneurson Mishkovsky, uma valorização de pequenos milagres dentro de ostensividade
familiar, que é muito boa em si mesmo. Ouvintes, em todo o caminho, dos
monólogos do trompete surdinado de Davis em “Sketches of Spain” de 1960 ao meticuloso
grupo de jazz do século XXI de Tord Gustavsen (no qual cada delicado som
espontâneos e inevitáveis batidas dos sons da bateria) encontrará a plenitude
que eles reconhecem – e ainda mais – em um Cohen mais tranquilo, mas com
,talvez, mais coragem ousada.
Faixas
1 PART 1
01:51
2 PART 2 05:06
3 PART 3
05:49
4 PART 4
07:37
5 PART 5
02:06
6 PART 6
00:50
7 PART 7
02:47
8 PART 8
04:29
9 DEPARTURE
04:28
Músicos: Avishai Cohen (trompete); Yonathan Avishai (piano); Barak Mori (baixo); Ziv Ravitz (bateria)
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=pZ_YqYprB6A
Fonte: John
Fordham (The Guardian)
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