Até 2006, quando Catherine Russell lançou seu primeiro álbum
solo, “Cat”, ela era conhecida por mais de duas décadas como uma versátil
cantora de retaguarda e multi-instrumentista por uma lista de músicos
abrangentes, que inclui David Bowie, Cyndi Lauper, Dr. John e Madonna. Ainda
que este álbum e seis, que se seguiram, os últimos dois nominados para o prêmio
Grammy, a Sra. Russell veio a ser uma estrela do seu próprio jeito, uma líder
dominante, e no topo de linha das vocalistas em atividade no território fértil,
onde as tradições do jazz, blues e canções populares se encontram.
Ela continua a atuar em muitos contextos. Em março passado,
ela cantou clássicos de Duke Ellington no Carnegie Hall, com o trio do pianista
Marcus Roberts e a American Symphony Orchestra. Mais cedo, neste ano, apresentou-se
no álbum do trompetista Steven Bernstein, “Good Time Music (Community Music,
Vol. 2)”, onde reimaginou meia dúzia de clássicos do blues através de
inventivos arranjos novos. Ela continuou a excursão com Steely Dan.
A Sra. Russell tem uma particular fascinação com canções do
início e do meio do século XX— sucessos esquecidos principalmente e joias
menosprezadas — que ela investe com um frescor que vem de sua sensibilidade
para as letras, e seu poder completo. Seu novo lançamento, “Send for Me (Dot
Time Records)”, contém 13 faixas que deveria elevar seu perfil conforme a
apreciação do seu repertório por parte dos ouvintes se aprofunda. Poucos
suingadores vivos podem expressar as nuances do sentimento do blues e o
fraseado suingante que flui através das canções tradicionais estadunidenses tão
correta e graciosamente como a Sra. Russell pode, ou com alcance muito
expressivo.
Ela soa declarativa, pontuando seu vocal com palmas, na
faixa título, que tem um sucesso de passagem de Nat King Cole em 1957. Seu
canto queima com saudade em “Make It Last”, que Betty Carter ,memoravelmente,
gravou em 1958. É recatadamente provocante em “If I Could Be With You”, composta
em 1926 pelo herói do Harlem stride-piano
James P. Johnson e o letrista Henry Creamer. Sua versão de “Did I Remember” é
mais lenta que a versão de Billie Holiday de 1936, mas carrega o mesmo fraseado
relaxante. Seu canto bluseiro, com toque gospel cantando em “In the Night” convida
a comparação com a clássica Aretha Franklin para sua ressonância cintilante.
Faixas
1 - Did
I remember
2 - Send
for me
3 - At
the swing cats ball
4 - Make
it last
5 - Going
back to New Orleans
6 - If I
could be with you
7 - You
can fly high
8 - East
of the sun
9 - In
the night
10 - You
stepped out of a dream
11 -
Blue and sentimental
12 -
Sticks and stones
13-
Million Dollar smile
Músicos : Catherine Russell - vocal, percussão (5,7); palmas (2); Matt Munisteri - guitarra, diretor musical, banjo (5,6); Tal Ronen - baixo (exceto 5);Mark McLean - bateria; tamborim (5);Mark Shane - piano (1,3,4,7,12);Sean Mason - piano (2,6,8,9,10,11,13);Jon-Erik Kellso - trompete (1,3,4,7,9,12);John Allred - trombone (1,3,4,6,7,9,12); Evan Arntzen - palhetas (1,3,7,9,12);Paul Nedzela – saxofone barítono (9);Mark Lopeman - saxofone tenor (2);Aaron Heick - saxofone tenor (2); Philip Norris - Tuba (5);Paul Kahn - palmas (2).
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=4QqZKv0jPv8
Fonte: WJS
Nenhum comentário:
Postar um comentário