“A Conversation”, do trompetista Tim Hagans e da superlativa
NDR Big Band da Alemanha, é realmente cinco conversações, que é um concerto em
cinco movimentos compostos, arranjados e conduzido por Hagans, que sola nos Movements III, IV and V. Hagans e a banda
são mais que estranhos na noite —ele colaborou com a NDR por duas décadas como
compositor convidado, maestro, arranjador e solista. Para salientar seu
propósito, Hagans agrupou os membros da banda não em seções, como é usualmente
feito, mas em quatro grupos de quatro ou cinco cadeiras baseado em
“propriedades sonoras e emocionais”. Metais e palhetas consistem em três dos
grupos, a seção rítmica no quarto.
Embora Hagans deva ter tido suas razões teóricas para isto,
na prática soa como uma estrutura padrão de orquestra com seções estabelecidas
em seus locais usuais. Talvez, se isto fosse um DVD em vez de um CD, a configuração
seria aparente como é, o grupo garante não mais que uma notícia entre
parênteses. E não importa onde alguém esteja sentado, é a música que deveria
ser examinada e avaliada. Indo direto ao assunto, Hagans compôs para um ouvido
esclarecido. Esta é, na maior parte, a música em natureza exploratória, ancorada
no idioma do jazz, mas geralmente carecendo de uma espécie de necessidade e
espontaneidade, que são suas marcas costumeiras. Uma exceção é "Movement
III", na qual os ritmos são mais vibrantes e os solos —por Hagans, pelo trompetista
Stephan Meinberg, pelo altoísta Peter Bolte, pelo barítono Daniel Buch e pelo
trombonista Stefan Lotterman—são encrespados e efetivos.
"Movement V" também tem seus momentos, deslizando
suavemente ao lado e por trás do trompete surdinado de Hagans , antes de
deslocar as engrenagens para acomodar o trombone hábil de Klaus Heidenreich. O
baterista Jukkis Uotila empresta firme suporte aqui, como ele faz em cada movimento.
Em um mundo perfeito, "Movement III" e "Movement V" teriam
aberto “Conversation”. Pois é, “Movement I” serve como uma introdução desigual
e turbulenta, amortecida pelo pianista Vyadyslav Sendecki, após o que o
"Movement II" passa para um tema como uma fuga antes de unir metais e
palhetas em uma forma de coral para prefaciar o baixo de Ingmar Heller e o
clarinete baixo estimulante de Bruch. Hagans revisita suas raízes no jazz em
"Movement III", abandonando a discordância bastante escorregadia em
alguma velha escola suingante, conforme ele apresenta algo menos extenso em "Movement
V". Outros ouvintes devem encontrar em “Conversation” alguma coisa consistentemente
produtiva e agradável. A avaliação aqui: três estrelas de aventura e talento.
Faixas : Conversation - Parts 1-5
Músicos: Tim Hagans: trompete; Fiete Felsch: saxofone; Frank
Delle: saxofone; Peter Bolte: saxofone alto; Daniel Buch: saxofone; Christof
Lauer: saxofone; Ingolf Burkhardt: trompete; Clause Stotter: trompete; Stephan
Meinberg: trompete; Thorsten Benkenstein: trompete; Klaus Heidenreich:
trombone; Dan Gottshall: trombone; Stefan Lottermann: trombone; Ingo Lahme:
trombone; Vladyslav Sendecki: piano; Ed Harris: guitarra; Ingmar Heller: baixo
acústico; Marcio Doctor: percussão; Jukkis Uotila: percussão.
Fonte: Jack
Bowers (AllAboutJazz)
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