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segunda-feira, 24 de julho de 2023

JON IRABAGON – RISING SUN (Irabagast)

O saxofonista Jon Irabagon aplicou sua técnica descomunal para uma variedade de contextos de mudança, subvertendo o prazer do post-bop como membro fundador do Mostly Other People Do the Killing, explorando dilacerantes barulhos do rock com seu projeto I Don’t Hear Nothin’ But The Blues, compondo para novos grupos de música ou desestruturando o repertório de Charlie Parker em um projeto solo gravado no Black Hills National Forest em Falling Rock, Dakota do Sul.

Porém, ao longo do tempo, ficou claro que o cenário mais natural está levando Irabagon a liderar uma banda de hard-swinging através de uma extração de temas de alta velocidade e simplesmente deixando-os voar. É uma viagem feérica através de “Bebop”, que não é óbvia o bastante, mas não há como perder a orientação da música fora do portão com a borbulhante “Sundance”, um tema que requer linhas que apontam para o uníssono por parte do líder, do pianista Matt Mitchell e do baixista Christ Lightcap, que toca baixo elétrico em todas as faixas, exceto uma.

A meio do caminho, o tempo fica lento, transformando-se o exercício bebop em uma balada infundida de soul, sintonizando o espírito gospel de Albert Ayler via o clássico David Murray. O baterista Dan Weiss colide impulsos de balanço com padrões maniacamente difíceis com naturalidade tipicamente ilusória como em “Alliance” outro nó aquecido, esquema rítmico no início, que abre para permitir a Irabagon explorar seu Pharoah Sanders interior. O trompetista convidado, Adam O’Farrill, e o guitarrista Miles Okazaki adiciona algum contraste tímbrico em um par de músicas, com a posterior injeção de algum balanço funk na faixa título, mas o núcleo do quarteto revela uma harmonia tranquila e o espírito puro do pedal-ao-metal.

Faixas: Sundance; Alliance; Hoodootoo; Bebop; Mammoth; Rising Sun; Needles. (61:23)

Músicos: Jon Irabagon, sax tenor; Matt Mitchell, piano, Fender Rhodes; Chris Lightcap, baixo elétrico, baixo acústico (4); Dan Weiss, bateria; Miles Okazaki, guitarra (3, 6); Adam O’Farrill, trompete (5, 7).

Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2022 com a classificação de 4 estrelas

Fonte: Martin Longley (DownBeat) 

 

 

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