Como muito do seu renomado filão —incluindo Köln Concert,
Bremen-Lausanne, La Scala, A Multitude of Angels (ECM, 1975, 1973, 1997, 2016) —
“Bordeaux Concert” dá a impressão de que ele sempre esteve lá. No ar, no
coração, nas tranquilas viradas do mundo em geral. Apenas esperando para
encontrar alguém, que entenda de forma maiúscula de quão bela e pacífica esta
vida pode ser.
Comunicativo em cada nível, “Bordeaux Concert” coloca o
ouvinte no centro da fileira, interessado apenas em Jarrett e sua reflexão do momento,
que ele tomou no palco do L'Auditorium , Bordeaux , em 06 de Julho de 2016.
As luzes se apagam e Jarrett, especialmente, se apropria da noite através do
silêncio das suas fantasias com as quais ele hipnotizou e transportou audiências
desde o primeiro dia, cria uma suíte com treze partes espantosamente fluentes e
assombrosamente líricas.
Vindo entre o seguro divertimento de “Munich 2016 (ECM,
2019)” e a amabilidade textural de “Budapest Concert (ECM, 2020)” esta noite
mantém o próprio Jarrett mergulhando mais profundo dentro do seu próprio
espírito sem explorar dois e três standards, que veio a ser parte do seu
repertório desde o final dos anos 1990. Porém, ele faz um polimento nostálgico
na criteriosa reflexão de "Part III", examinando a total amplitude e
alcance, aparentemente, da criatividade sem fim. Emergindo suavemente, serve
como adição e um início, evoluindo em seu próprio padrão permanente. Os arpejos
evolutivos de "Part IV", as
conotações blueseiras de "Part VIII", o expansivo humor e restrição
de "Part VII" e o majestoso classicismo de "Part XIII",
apenas faz de “Bordeaux Concert” uma audição notável.
Faixas : Part
I; Part II; Part III; Part IV; Part V; Part VI; Part VII; Part VIII; Part IX;
Part X; Part XI; Part XII; Part XIII.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=A-VL1n8xLPA
Fonte: Mike
Jurkovic (AllAboutJazz)
Nenhum comentário:
Postar um comentário