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sábado, 12 de agosto de 2023

LOUIS STEWART - OUT ON HIS OWN (Livia Records)

Em toda sua vida, o guitarrista irIandês Louis Stewart foi provavelmente mais celebrado no exterior do que em casa, vencedor do prêmio de melhor solista no Montreux Jazz Festival em 1968, tocando na banda da casa no Ronnie Scott e excursionando com Benny Goodman, J.J. Johnson e George Shearing. Seu terceiro álbum, sua obra-prima e seu extraordinário solo, “Out On His Own”, foi lançado em 1977, em Livia Records de Gerald Davis. O selo derrocado após a morte de Davis em 2005, mas graças a Dermot Rogers o selo e o legado gravado de Stewart, iniciando com seu relançamento, estão desfrutando um novo contrato de vida.

“Out On His Own” obtido no CD de 1995 (Jardis Records), com a adição de três faixas previamente não lançadas. Este relançamento pela Livia com mais três ângulos desenterrados na forma da composição de Stewart, "Blues", e faixas alternativas das sessões originais de standards "What's New" e "Spring isHere". Porém, mesmo sem estes presentes como complementos, vale a pena comemorar o fato do tema do relançamento deste álbum clássico. Ponderado em favor de padrões consagrados pelo tempo, Stewart, acompanhando a si mesmo em faixas sobrepostas, também trás seu gênio para suportar em   "Windows" de Chick Corea, "Blue Bossa" de Kenny Dorham, “Mr. Mojo's Well Laid Plan" de Steve Swallow e "Forest Flower" Charles Lloyd.

Poucos habitam as estruturas melódicas de um standard como Stewart. É difícil pensar uma leitura mais exótica do standard de Bob Haggard/Johnny Burke, "What's New", em relação a John Coltrane, Ahmad Jamal e Dexter Gordon. Hábeis leituras harmônicas do Dubliner para "Invitation" de Bronislaw Kaper e "Wave" de Antônio Carlos Jobim soa definitivas aqui. Ha acenos para a linguagem distinta dos acordes de Wes Montgomery ao final, embora se Stewart homenageou  qualquer guitarrista, provavelmente foi  Kenny Burrell, cuja precisão, clareza, e fluidez melíflua  são marcas compartilhadas.

Em seu fluxo máximo, a destreza de Stewart é de cair o queixo, notavelmente em uma versão mercurial de "Blue Bossa" de Dorham e a jóia de Victor Young/Ned Washington, "Stella by Starlight". Porém, Stewart está em seu mais arrebatador número mais lento, tal como sua maravilhosamente tomada pessoal em "Lazy Afternoon" de Jerome Morros, onde o calor de seu tom e seu toque acariciante brilham. Da mesma forma, a interpretação poética do guitarrista da canção tradicional irlandesa "She Moved Through the Fair" traria uma lágrima para um olho de banshee (NT: é um ente fantástico da mitologia celta (Irlanda) que é conhecida como Bean Nighe na mitologia. Fala-se que a Banshee seria um ser maligno).

Charmoso, divertido e inventivamente alegre, “Out On His Own” de Louis Stewart estabelece-se seguramente ao lado de trabalhos de Joe Pass, Johnny Smith, Ted Greene, Barney Kessel, Kenny Burrell, dentre outros, no panteão dos grandes álbuns solo de guitarra. Remasterizado por Michael Buckley, e com um folheto de 16 páginas de notas perspicazes e fotos inéditas, a Livia Records produziu um relançamento de alta qualidade digno do clássico atemporal de Stewart. Essencial.

Faixas: Blue Bossa; Windows; Darn That Dream; Wave; She Moved Through The Fair; Make Someone Happy; I’m AllSmiles; Stella By Starlight; Lazy Afternoon; Invitation; I’m Old Fashioned; General Mojo’s Well Laid Plans; What’s New; I’ll Remember April; Spring Is Here; Blues; Forest Flower; What’s New (tomada alternativa); Spring Is Here (tomada alternativa).

Fonte: Ian Patterson (AllAboutJazz)

 

 

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