Em toda sua vida, o guitarrista irIandês Louis Stewart foi
provavelmente mais celebrado no exterior do que em casa, vencedor do prêmio de
melhor solista no Montreux Jazz Festival
em 1968, tocando na banda da casa no Ronnie Scott e excursionando com Benny
Goodman, J.J. Johnson e George Shearing. Seu terceiro álbum, sua obra-prima e
seu extraordinário solo, “Out On His Own”, foi lançado em 1977, em Livia Records de Gerald Davis. O selo derrocado após a morte de Davis em 2005, mas
graças a Dermot Rogers o selo e o legado gravado de Stewart, iniciando com seu
relançamento, estão desfrutando um novo contrato de vida.
“Out On His Own” obtido no CD de 1995 (Jardis Records), com
a adição de três faixas previamente não lançadas. Este relançamento pela Livia com mais três ângulos
desenterrados na forma da composição de Stewart, "Blues", e faixas
alternativas das sessões originais de standards
"What's New" e "Spring isHere". Porém, mesmo sem estes
presentes como complementos, vale a pena comemorar o fato do tema do
relançamento deste álbum clássico. Ponderado em favor de padrões consagrados
pelo tempo, Stewart, acompanhando a si mesmo em faixas sobrepostas, também trás
seu gênio para suportar em "Windows" de Chick Corea, "Blue
Bossa" de Kenny Dorham, “Mr. Mojo's Well Laid Plan" de Steve Swallow
e "Forest Flower" Charles Lloyd.
Poucos habitam as estruturas melódicas de um standard como Stewart. É difícil pensar
uma leitura mais exótica do standard de Bob Haggard/Johnny Burke, "What's
New", em relação a John Coltrane, Ahmad Jamal e Dexter Gordon. Hábeis
leituras harmônicas do Dubliner para "Invitation"
de Bronislaw Kaper e "Wave" de Antônio Carlos Jobim soa definitivas
aqui. Ha acenos para a linguagem distinta dos acordes de Wes Montgomery ao
final, embora se Stewart homenageou qualquer guitarrista, provavelmente foi Kenny Burrell, cuja precisão, clareza, e
fluidez melíflua são marcas compartilhadas.
Em seu fluxo máximo, a destreza de Stewart é de cair o
queixo, notavelmente em uma versão mercurial de "Blue Bossa" de
Dorham e a jóia de Victor Young/Ned Washington, "Stella by Starlight".
Porém, Stewart está em seu mais arrebatador número mais lento, tal como sua
maravilhosamente tomada pessoal em "Lazy Afternoon" de Jerome Morros,
onde o calor de seu tom e seu toque acariciante brilham. Da mesma forma, a
interpretação poética do guitarrista da canção tradicional irlandesa "She
Moved Through the Fair" traria uma lágrima para um olho de banshee (NT: é um ente fantástico da mitologia celta (Irlanda) que é
conhecida como Bean Nighe na mitologia. Fala-se que a Banshee seria um ser maligno).
Charmoso, divertido
e inventivamente alegre, “Out On His Own” de Louis Stewart estabelece-se
seguramente ao lado de trabalhos de Joe Pass, Johnny Smith, Ted Greene, Barney
Kessel, Kenny Burrell, dentre outros, no panteão dos grandes álbuns solo de
guitarra. Remasterizado por Michael Buckley, e com um folheto de 16 páginas de notas
perspicazes e fotos inéditas, a Livia Records produziu um relançamento de alta
qualidade digno do clássico atemporal de Stewart. Essencial.
Faixas: Blue
Bossa; Windows; Darn That Dream; Wave; She Moved Through The Fair; Make Someone
Happy; I’m AllSmiles; Stella By Starlight; Lazy Afternoon; Invitation; I’m Old Fashioned;
General Mojo’s Well Laid Plans; What’s New; I’ll Remember April; Spring Is Here;
Blues; Forest Flower; What’s New (tomada alternativa); Spring Is Here (tomada
alternativa).
Fonte: Ian Patterson (AllAboutJazz)
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