Há algo muito à la George Gershwin em “Petrichor” do
pianista Sam Reider. Ele gravou esta sessão solo após voltar a Bay area (NT:
Área da baía de San Francisco), vindo de Nova York, onde estudou na Columbia
University e fez um profundo mergulho na música folk estadunidense. Como
Gershwin, seu toque é formado não só por jazz, mas pela música clássica e
popular. Talvez seu interesse em bluegrass e música tradicional
estadunidense expõe porque o som está situado em sessenta e oitenta anos atrás,
quando o jazz evoluiu da Tin Pan Alley (NT: Era a
coleção de editoras musicais e compositores nova iorquinos que dominaram a
música popular dos Estados Unidos no fim do século XIX e início do século XX.
Originalmente, o nome se referia a um lugar específico: West 28th Street entre
a Quinta e a Sexta Avenida no Flower District de Manhattan, e há uma placa na
calçada da 28th Street, entre a Broadway e a Sexta Avenida, que o comemora)
e Broadway, absorvendo influências clássicas em performances populares.
A única nota espectral que abre "Mirror Lake" persegue
o som de câmara assombrosa que atinge tanto a audiência quanto faz silêncio.
Reider filtra um som jubiloso com seus ataques com as duas mãos na faixa título,
estabelecendo rastreio de sons cada vez mais brilhantes. Ele traça sentimentos
com "Petrichor", que melhor reflete sua tomada à la Gershwin, mesmo
citando um pouco de "Rhapsody in Blue". O sentimentalismo é duplicado
com "Kansas", mas sem soar xaroposo. Alguém poderia imaginar,
facilmente, Tom Waits escrevendo letra para a composição. O mesmo deve ser dito
para "Wandering Aengus". Sam Reider tem um talento para compor música
nova que tem som familiar. Digamos que ele tem uma alma velha envolta em alguns
dedos afiados.
Faixas: Mirror Lake; Petrichor; Emahoy; Panoramic Highway;
Kansas; Nocturne; Wandering Aengus; Land’s End.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=NXfUGKEtkAE
Este álbum foi considerado, pela
DownBeat, como um dos melhores lançados em 2022 com a classificação de 4
estrelas
Fonte: Mark Corroto (AllAboutJazz)
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