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terça-feira, 19 de setembro de 2023

DASHAWN HICKMAN WITH CHARLIE HUNTER - DRUMS, ROOTS & STEEL (The Little Village Foundation)

Quando o tecladista John Medeski (do Medeski, Martin and Wood) produziu o “Can You Feel It? (Ropeadope, 2005)” para o Campbell Brothers, ele ajudou a trazer uma merecida atenção para o lamentavelmente não reconhecido campo do "sacred steel", um estilo musical e a tradição gospel Afro-Americana, que apresenta a steel guitar. Agora, dezessete anos depois, a guitarra prodígio de Charlie Hunter faz um trabalho similar supervisionando e tocando baixo em “Drums, Roots & Steel”.

Trazendo a familiar "Saints" (...go marching in... (NT:..vá marchando...) e "Just A Closer Walk With Thee" para fora da igreja e com profundo balanço, percolando a percussão por Atiba Rorie e Brevan Hampden, que aparecem proeminentemente no primeiro par dos sete números nesta gravação no Earthtones Studio. Estes dois instrumentais beneficiam-se da clareza das gravações de Benjy Johnson, tanto mais quanto o suave toque de Hunter desmente sua abordagem assertiva para o baixo conforme sustenta entonações amenas do pedal steel de Jackson. O último instrumental estende-se também ao já mencionado duo rítmico e invoca um passo mais contagiante para "Shout".

Como resultado, fica tudo mais apropriado quando Wendy Hickman empresta o vigor, no entanto, há tons doces de sua voz para este trabalho (junto com o toque do seu pandeiro). É um convite tácito aos ouvintes para cantar e dançar—firmemente um efeito incomum durante o curso destes aproximadamente  trinta e seis minutos — mas um que encontra um especialmente eficaz e quase iniciando contraste no blues modificado que é "Don't Let The Devil Ride", em contraponto a entrega sedosa do vocal de Hickman, seu marido, que também canta  da maneira mais emocionante, mas ainda relata a maior parte do conto preventivo através das notas angulares dobrando e deslizando o ele extrai do seu instrumento.

Há mais que um traço de humor neste segundo trabalho mais longo em um LP e, por isso, não faz sentido que os artistas estejam detalhando o assunto em detrimento do balanço persuasivo e visceral da faixa. A aplicação de wah-wah dá um ar ainda mais contemporâneo, mesmo com este efeito, que mais claramente elucida a imagem do título desta gravação. Pensamento assíduo e preparação em grande quantidade obviamente esteve em “Drums, Roots & Steel”, uma noção avança de forma reafirmada no intervalo animado através do último terço desta tomada. Um proporcionalmente movimento mais lento em "Precious Lord" oferece tempo para contemplação do que precedeu este trabalho e, na forma brilhante do encerramento, que segue em "Wade In The Water".

É um pouco provocador antes que a intensidade entre em ação neste final, mas como o drama da introdução para a abertura, é uma imersão musical emblemática dos músicos no momento. Esta sensação espontânea permeia esta gravação, mas esses dois minutos a mais representam uma recapitulação enfática do intento desta gravação e, como tal, é tão profundamente cativante como tudo o que o precede.

Faixas: Saints; Just A Closer Walk With Thee; Shout; Don't Let The Devil Ride; Morning Train; Precious Lord; Wade In The Water.

Músicos :DaShawn Hickman: guitarra steel, vocal; Charlie Hunter: baixo; Wendy Hickman: vocal; Atiba Rorie: percussão; Brevan Hampden: percussão.

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, um dos melhores lançados em 2022 com a classificação de 4 estrelas.

Fonte: Doug Collette (AllAboutJazz)

 

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